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Saúde mental em alerta: Limeira registra 782 afastamentos na Educação

Imagem: Marcelo Alixandre/Rápido no Ar

O número de afastamentos por questões de saúde mental entre servidores da Educação municipal de Limeira cresceu mais de 20% em 2024. Segundo levantamento da Divisão de Medicina Ocupacional e Segurança do Trabalho da Prefeitura, a cidade registrou 782 afastamentos no setor, contra 647 em 2023.

As informações foram repassadas em resposta ao Requerimento Nº 294/2025, protocolado pela vereadora Mariana Calsa (MDB), e chegaram à Câmara na última sexta-feira, 13 de junho.

Os dados revelam que os cargos mais afetados continuam sendo os de monitor, com 246 afastamentos em 2024 (eram 222 em 2023), e de auxiliar de serviços gerais, com 127 registros (ante 109 no ano anterior). Professores do ensino fundamental e infantil também aparecem em destaque: 65 afastamentos em cada grupo neste ano. Em 2023, foram 65 no fundamental e 42 no infantil.

Para a vereadora Mariana Calsa, o cenário é preocupante. “Isso afeta não só os profissionais afastados, mas também todo o ambiente escolar. A sobrecarga recai sobre os colegas que permanecem, o que compromete o funcionamento das unidades e a qualidade do serviço. Precisamos de ações concretas e estruturadas para enfrentar esse cenário”, afirmou.

Prefeitura promete ampliação de ações

A Prefeitura informou que pretende expandir os exames periódicos a outros profissionais da Educação, iniciando pelos merendeiros escolares. Também está prevista a implantação de uma gestão psicossocial voltada à saúde e segurança no trabalho.

“Ações iniciadas em 2023 terão continuidade, com palestras, treinamentos e ações em rede para alcançar mais servidores”, informou a Divisão de Medicina Ocupacional.

Caminhos para a prevenção

Com o aumento expressivo nos afastamentos, a vereadora destaca a importância de políticas públicas que considerem o bem-estar emocional dos servidores. “É preciso enxergar esses números como um sinal claro de alerta. A saúde mental deve ser tratada como prioridade na gestão pública da Educação”, completou Mariana Calsa.

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