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Roberto Carlos chega aos 44 anos de especial respaldado pela audiência

Já são 44 anos que Roberto Carlos separa suas canções, faz uma lista de convidados e se apresenta, todo ano (menos um, 1999), na TV Globo. Muito Romântico, o especial deste ano, vai ao ar nesta sexta-feira, 21, às 22h20, depois de O Sétimo Guardião. O programa estreou em 1974 (cinco anos depois do JN, um depois do Fantástico) e seu formato, com poucas mudanças, mantém um sucesso de audiência intocável: em 2017, ao atingir 31,2 pontos de média de ibope em São Paulo, bateu seu recorde em 12 anos.

Em 2018, foram 500 profissionais envolvidos na logística e produção do show, quatro meses de pré-produção até o dia da gravação (4/12) e sete dias de ensaio.

Além da estreia de Marina Ruy Barbosa ao microfone, Michel Teló, Alejandro Sanz, Zizi Possi e o filho de Roberto, Dudu Braga, participam do show. Foram três dias de montagem do palco e estrutura, montados num dos estúdios da Globo no Projac – que em noite de gala recebe estrelas da dramaturgia e jornalismo da emissora (de camiseta e colete de imprensa, o repórter do jornal O Estado de S. Paulo foi confundido com um dos garçons que serviam bebidas num lounge anexo ao estúdio; ato falho perdoável). O palco esse ano teve quatro painéis de LED, totalizando 144 m², e um número maiúsculo de 110 mil contas nas cortinas que enfeitaram o palco, mudando de luz de acordo com a música.

A música
Toda gravação de show ao vivo, seja para DVD, seja para a TV, apresenta uma espécie de artificialidade intrínseca à produção: o set está montado, a plateia sentada, o teleprompter a postos e as interações ensaiadas e escritas – mas o produto final é para a TV, como se verá nesta noite. Eventualmente alguma coisa sai do script, como quando num intervalo Roberto elogiou os cabelos lisos de Zizi Possi. “O seu nasceu assim, o meu precisou de progressiva”, riu. “Na Jovem Guarda, a gente usava touca, até ferro de passar. Quando apareceu a progressiva, lamentei que não foi naquela época. Queria ter o cabelo do Paul McCartney, lisinho”, riu o cantor.

Detalhes, Como Dois e Dois (1971), Proposta (1973), Você em Minha Vida (1976), Roberto canta sozinho, com a big band orquestrada pelo maestro Eduardo Lage e direção musical de Guto Graça Mello (o programa tem direção artística de LP Simonetti e direção geral de Mario Meirelles).

Michel Teló – que mandou emoldurar o terno que usou na sua primeira participação no especial, em 2012, e o pendurou numa parede de sua casa – sobe para cantar Caminhoneiro, sucesso dos anos 1980. “Quando o motorista cansava nas viagens do Tradição, eu levava. Tenho carteira de ônibus e caminhão, é uma música que me marcou muito”, disse o cantor paranaense no camarim, antes do show. Roberto abre depois espaço para sua Humilde Residência.

Lançada esse ano e parte do disco mais recente do Rei, Amor Sin Límite, Esa Mujer é um dueto camarada de Roberto e Alejandro Sanz, interpretado no palco pelos dois: “Suelta, camina, y olvida de alguna manera”, aconselha Sanz ao amigo na canção. “Roberto Carlos é como o Natal”, disse o bem humorado espanhol antes do show. “Esteve sempre com a gente.” O convite rolou quando Sanz cantou na homenagem dos Latin Grammy a Roberto Carlos em 2015. “Ele me disse que tinha esse show especial de fim de ano na TV no Brasil… eu sabia!”, brincou. Os dois acertaram a participação e Sanz acabou também no disco.

O próprio espanhol prepara um novo álbum para 2019, que terá a participação da popstar Camila Cabello. No especial, ele canta sozinho No Tengo Nada, seu single mais recente.

Zizi Possi canta com Roberto A Paz, de Gil e João Donato, e também o standard italiano Non Ti Scordar Di Me.

Em seguida, depois de dedicar Menina para Marina Ruy Barbosa, o cantor recebeu a atriz no palco para uma performance de Na Paz Do Seu Sorriso (1979). Foi a primeira vez que a atriz cantou para uma audiência assim. “É tão emocionante estar no palco com o Roberto, eu nem sei se vai ficar bom, mas nos ensaios me diverti muito. Realmente são muitas emoções”, brincou a atriz, antes do show. Ela não quis prometer um “futuro” na música, mas disse estar grata por poder participar de um momento especial tão jovem – ela tem 23.

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O último encontro foi familiar: Dudu Braga, filho de Roberto, tocou com o pai e com sua banda RC na Veia – que esse ano lançou um disco com versões rock n’ roll do repertório do Rei – alguns dos clássicos, como É Proibido Fumar, Lobo Mau e Eu Sou Terrível “Na verdade, o Dudu é que é meu grande ídolo”, disse Roberto, sobre o filho, baterista da banda e deficiente visual.

Não é novidade que o show se encerra com Jesus Cristo e a tradicional entrega das rosas.

A emissora não divulga valores, mas relatos dão conta que são milhões de reais por mês para que Roberto não faça nada em outras redes – e se apresente, enfim, no fim de ano da Globo.

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