É chegada a Páscoa, época que todos ficam ‘bons’, desejam coisas boas a seus conhecidos, presenteiam, almoçam em família e se abraçam cheios de amor e de zelo.
Convido-vos a reflexão: de que adianta você ir à Igreja, abraçar a todos, desejar Feliz Páscoa, presentear, se mostrar um excelente Cristão, uma pessoa maravilhosa se dentro de você continua a morar a fofoca, a maldade, o ódio, a vontade de aparecer, se você continua a fazer mal às pessoas, a se eximir de suas responsabilidades e repassá-la aos demais?
A Páscoa é época de reflexão e de renovação, reflexão sobre nós, nossos comportamentos, as evoluções que precisamos fazer para sermos melhores, a Páscoa é mudança de comportamento, é nos tornamos pessoas melhores.
Muitos dos que hoje estão abraçando e escrevendo belos textos de Páscoa são os mesmos que fazem as boas ações interessados na fama que pode lhes trazer tais ações (ainda que momentos de fama sejam efêmeros), muitos são aqueles que batem no peito e dizem: “Fui eu quem fiz isso acontecer, `fulano` em nada ajudou, eu sim.”, mas por que fazer isso? A boa ação não era para ter o objetivo de ser uma ação boa e que ajudou a alguém e ponto final? Se nossa boa ação tem como um dos objetivos `louros da fama`, repense. Repense sua fofoca e sua necessidade de falar da vida das pessoas, expondo-as, mentindo sobre elas, fazendo um inferno na vida das pessoas durante o ano todo, pois abraçar e desejar boa e Santa Páscoa não tem sentido se sua língua destrói as pessoas nos demais dias do ano. Repense sua ação de expor aos demais, de causar dor e sofrimento com suas ações intempestivas e egoístas.
Chegar no domingo de Páscoa, rezar, ajoelhar, falar de Deus, desejar Feliz Páscoa, falar de Cristo é em vão se você representa dor e sofrimento, mentira e fofoca, ações inconsequentes e que causam dor nos demais dias do ano.
Que a data de hoje nos ajude a refletir sobre nossos comportamentos não apenas nesta data, em que ficamos todos tocados e desejamos o melhor a todos, mas que possamos refletir na segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado, domingo pós Páscoa, que possamos refletir se sermos `Santos` na Páscoa e sermos motivo de dor, sofrimento, exposição, receio, ansiedade, tensão nos demais dias é a mudança que tanto se fala.
Convido-os a refletir: “O que cultiva a simplicidade tem a facilidade de tornar leve o ambiente em que vive.” Padre Fábio de Melo