A relação entre os preços do etanol caiu abaixo de 60% na segunda semana deste mês na capital paulista, conforme a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No período, essa equivalência atingiu 58,83% após 60,77% na anterior.
O resultado é o mais baixo para uma segunda semana de agosto desde 2010, quando alcançou 57,43%, refletindo a ampla oferta do álcool combustível, observa Moacir Mokem Yabiku, gerente de Pesquisa da Fipe. “Reflete a boa produção.”
No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a taxa de inflação na cidade de São Paulo, os preços do etanol acentuaram o ritmo de queda na segunda quadrissemana de agosto – últimos 30 dias terminados na quarta-feira (15).
No período, a queda foi de 6,97% após -6,63% na anterior. Os preços da gasolina também aumentaram a velocidade de declínio para 1,53% depois do recuo de 1,31% na primeira quadrissemana. Com isso, o grupo Transportes fechou a segunda leitura com retração de 0,47%, pouco maior que a queda de 0,43% na primeira medição.
Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder do combustível fóssil. Com a relação entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol.