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Recolher o cocô de animais durante passeio é lei, mas muitos ainda desrespeitam

Um gesto tão simples e que faz parte da responsabilidade de quem adota um bichinho de estimação, catar as fezes do animal durante o passeio, especialmente da calçada de vizinhos, pode ser fonte de problemas quando falta bom senso ao proprietário do animal. O incômodo e o constrangimento de se deparar com resíduos indesejados pode gerar até confusão e, em tese, a aplicação de multas.

O Código de Posturas do Município de Limeira (SP), criado por meio de uma lei em 2015, determina que todo animal deve usar coleira e guias ao ser conduzido pelas ruas. Além disso, segundo o artigo 68, “é de responsabilidade do condutor ou responsável pelo animal o recolhimento dos dejetos do animal”. A multa para quem não cumpre a obrigação é de 10 Ufesps, que em 2021 equivale a R$ 290,90.

Em condomínios fechados, a regra geralmente vai além da lei municipal, com a obrigação incluída nos regulamentos internos. Os condôminos podem sofrer punições, caso sejam flagrados deixando de catar as fezes de seus animais.

Na semana passada, uma confusão entre vizinhos foi registrada em um condomínio no Distrito Federal. Após um morador se negar a catar o cocô de seu cão, o síndico se desentendeu com o homem e usou um saco plástico para espalhar as fezes pelo carro do homem. O caso acabou na delegacia, com o morador, mesmo errado por não ter recolhido os resíduos de seu cão, registrando um boletim de ocorrência contra o síndico do condomínio, alegando que não tinha um saco plástico no momento do passeio para que se responsabilizasse pelo cocô deixado na rua.

TENTATIVAS DE CONCILIAÇÃO

Segundo o administrador e síndico Diego Mussato, problemas relacionados a esse assunto são frequentes. Para evitar a situação extrema, de constrangimento e brigas entre vizinhos, comunicados são feitos com frequência para lembrar da obrigação e há avisos em áreas comuns.
“É um problema social, a pessoa quer ter um animal, mas não quer recolher as fezes de seu cachorro. Acaba se tornando algo chato, as ruas ficam sujas, especialmente em frente à casa de outros”, lamenta Mussato.

Alguns condomínios além dos avisos e placas, oferecem até mesmo saquinhos plásticos. É uma tentativa de conscientizar os moradores sobre limpeza ambiental, bem como evitar confusões entre vizinhos e constrangimentos desnecessários a funcionários da associação.

Fotos: Roxane Regly / Rápido no Ar

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