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Rainha Elizabeth II morre aos 96 anos

Foto: Reprodução/ Redes Sociais

A Rainha Elizabeth II morreu nesta quinta-feira (8), aos 96 anos, no castelo de Balmoral, na Escócia. O anúncio foi feito através das redes sociais da família real britânica.

“A rainha morreu pacificamente em Balmoral esta tarde. O rei e a rainha consorte permanecerão em Balmoral esta noite e retornarão a Londres amanhã”, informou a Casa Real britânica.

Os quatro filhos da rainha, Charles, Anne, Andrew e Edward, foram até a Escócia quando foi anunciado que a rainha estava sob supervisão médica na manhã desta quinta-feira. Seu neto, o príncipe William, também foi até o castelo de Balmoral.

A monarca foi colocada sob supervisão médica após sua equipe de saúde expressar preocupação com “a saúde de Sua Majestade”, informou o Palácio de Buckingham.

“Após uma avaliação mais aprofundada nesta manhã, os médicos da rainha estão preocupados com a saúde de Sua Majestade e recomendaram que ela permaneça sob supervisão médica”, diz o aviso divulgado pela Casa Real.
Segundo a imprensa britânica, a família real foi informada da situação de saúde da rainha convocada para acompanhá-la.

No poder há 70 anos, a rainha Elizabeth II já apresentava problemas de saúde nos últimos meses e, por conta disso, acabou desmarcando ou adaptando uma série de eventos oficiais.

Com a morte da monarca, seu filho mais velho, o príncipe Charles, deve assumir o trono de rei do Reino Unido e de outros 14 países sob chefia do monarca britânico, como Austrália e Canadá.

RAINHA ELIZABETH II

Elizabeth II, Elizabeth Alexandra Mary, nasceu no dia 21 de abril de 1926, em Londres, era rainha do Reino Unido e de mais 14 Estados independentes chamados de Reinos da Comunidade de Nações, além de ser a chefe da Commonwealth, uma grande organização intergovernamental composta por 53 países independentes. Ela também é a primeira monarca feminina soberana da Casa de Windsor, Governadora Suprema da Igreja da Inglaterra e Comandante Suprema das Forças Armadas do Reino Unido. Em alguns de seus outros Estados soberanos, ela possui o título de Defensora da Fé. O papel político de da monarca abrangia grandes áreas. Ela tinha funções constitucionais significativas e era uma representante ativa de sua nação perante o mundo. Além disso, sua popularidade pessoal a fez ser um dos ícones notáveis que remetem à cultura britânica.

Isabel nasceu na área de Mayfair, em Londres, como a primeira filha do duque e da duquesa de Iorque (mais tarde rei Jorge VI e rainha Isabel). Seu pai subiu ao trono em 1936 após a abdicação de seu irmão, o rei Eduardo VIII, tornando a princesa Isabel a herdeira presuntiva do trono britânico. Ela foi educada particularmente em casa e começou a exercer funções públicas durante a Segunda Guerra Mundial, servindo no Serviço Territorial Auxiliar. Em novembro de 1947, ela se casou com Filipe Mountbatten, um ex-príncipe da Grécia e Dinamarca, e seu casamento durou 73 anos até a morte de Filipe em 2021. Eles tiveram quatro filhos: Carlos, Príncipe de Gales; Ana, Princesa Real; o príncipe André, Duque de Iorque; e o príncipe Eduardo, Conde de Wessex.

Quando seu pai morreu em fevereiro de 1952, Isabel – então com 25 anos – tornou-se rainha reinante de sete países independentes dos Reinos da Comunidade de Nações: Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Paquistão e Ceilão, bem como a chefe da Commonwealth. Isabel reinou como monarca constitucional por meio de grandes mudanças políticas, como os problemas na Irlanda do Norte, a devolução no Reino Unido, a descolonização da África e a adesão do Reino Unido às Comunidades Europeias e a sua retirada da União Europeia. O número de seus reinos variou ao longo do tempo à medida que os territórios conquistaram a independência e alguns reinos se tornaram repúblicas. Suas muitas visitas e reuniões históricas incluem visitas de Estado à República Popular da China em 1986, à Federação Russa em 1994, à República da Irlanda em 2011 e visitas de ou para cinco papas.

Tempos de significância pessoal incluem os nascimentos e casamentos de seus filhos e netos, a investidura do Príncipe de Gales e a celebração de marcos como seus jubileus de Prata em 1977, Ouro em 2002 e Diamante em 2012. Momentos de dificuldade incluem a morte de seu pai aos 56 anos, o assassinato de Louis Mountbatten, tio do príncipe Filipe, o fim dos casamentos de seus filhos em 1992 (um ano que ela mesma chamou de annus horribilis), a morte em 1997 de Diana, Princesa de Gales, ex-esposa de Carlos, e as mortes de sua irmã e mãe em 2002. Isabel ocasionalmente enfrentou movimentos republicanos e pesadas críticas a família real, porém o apoio a monarquia e sua popularidade pessoal permanecem altos.

A monarca guarda parentesco com várias casas reais da Europa. A rainha Margarida II da Dinamarca, o rei Haroldo V da Noruega, o rei Carlos XVI Gustavo da Suécia, os reis eméritos Juan Carlos da Espanha e Sofia da Espanha (e o filho deles, o atual rei Filipe VI da Espanha), e os ex-reis da Grécia Constantino II e Ana Maria da Grécia, são todos seus primos em terceiro grau, por serem descendentes da rainha Vitória do Reino Unido (trisavó de Isabel e também de seu falecido marido, Filipe, Duque de Edimburgo).

Em 6 de fevereiro de 2022, Isabel II atingiu 70 anos de reinado, sendo a única monarca britânica a celebrar um Jubileu de Platina. A partir do dia 12 de junho do mesmo ano, passou a ocupar a segunda posição entre os monarcas com reinados mais longos na História, atrás apenas do rei Luís XIV (da França – este com 72 anos e 110 dias de reinado). É também a monarca reinante mais idosa de todos os tempos.

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