Na noite da última terça-feira (18), a Polícia Civil de Piracicaba (SP), por meio da Deic (Divisão Especializada em Investigações Criminais), recebeu uma denúncia que algumas pessoas estariam em um imóvel, num condomínio de luxo da cidade, em atitudes suspeitas – filmando residências, escondendo os rostos, dando voltas de carro e também filmando, sem contar que chegaram ao local sem mudança.
Com as informações, segundo o delegado Marcel William de Sousa, foram feitas pesquisas e, a partir dos nomes fornecidos, sua equipe viu que havia inconsistência quanto ao suposto locatário que não havia tomado posse do imóvel, mas havia um documento autorizando o ingresso de pessoas no local.
“A partir dessas inconsistências fizemos contato com o suposto locatário, que foi identificado como sendo servidor público e ele refutou envolvimento em qualquer tipo de locação.”, disse o delegado.
“Fizemos, então, análises de placas de carros fornecidas, representamos pelo mandado de busca e apreensão, tendo em vista que ali poderia estar se abrigando um grupo que poderia estar planejando um ataque, tendo em vista o feriado”, disse o doutor Marcel.
As equipes, segundo a autoridade policial, entraram no imóvel na noite de quarta-feira (19), onde encontraram três homens e uma mulher, além de entorpecentes. A alegação inicial dos quatro é que eles iriam fazer uma festa e que garotas de programa iriam para o local, dando a conotação que seria um evento passageiro.
Porém, de acordo com o delegado, tal alegação contrastava com o que havia sido feito via contrato, cuja locação era para 36 meses. Dentro do imóvel só havia um colchão, em estado precário demonstrando clandestinidade.
Os policiais verificaram os sinais identificadores de um veículo, verificando que a placa não dava leitura – o QR-Code. Mas, consultando o número de chassi e motor, surgiu que o veículo havia sido furtado na capital paulista.
Os quatro, segundo o delegado, são voltados à prática de crimes de forma reiterada, tais como furtos em residências, em condomínios, assaltos e até associação criminosa. “Então, a gente desconfia que eles estavam ali se instalando em preparação à possíveis práticas criminosas na cidade”.
Inclusive, segundo Marcel, tem-se notícia dos horários irregulares que eles saíam do condomínio como, por exemplo: saíam às 3h da madrugada e retornavam às 3h40, o que chamou bastante a atenção.
Os celulares dos quatro serão enviados ao Instituto de Criminalísticas, para que sejam abertos e analisados. Agora, a imobiliária será comunicada, para que a polícia possa saber quais documentos eles utilizaram para fazer o contrato, qual a foi a forma de pagamento e se irá causar algum prejuízo patrimonial.
Eles vão responder por Receptação de Veículo, Associação Criminosa, Adulteração de Sinal Identificador de Veículo Automotor e uso de documento falso. Os quatro, que são de São Paulo, permanecem à disposição da Justiça.

