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Quando a tristeza bate à nossa porta

Ai que delícia sorrir, que gostoso viver a alegria e a tranquilidade dia-após-dia, como é bom viver a leveza de dias suaves, dias em que o sorriso brota fácil no rosto, que a risada vem despretensiosa, dias de poucas preocupações, dias de não sentir aquele ‘aperto no peito’…

Aproveitemos estes dias, vamos curtir cada momento deles, afinal a vida é um constante oscilar, uma hora estamos felizes e sorrindo, mas, não raras vezes vem ela: a tristeza, vem bater em nossa porta, para nos lembrar que é muito bom sorrirmos, que a alegria existe, mas que ela, a tristeza, apesar de temida e evitada também nos visita.

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E ela chega assim, sem aviso prévio, não pede permissão para entrar, ela só chega, só entra, só nos leva o sorriso, só nos rouba a paz, só nos enche de preocupações, por vezes trocamos aquelas risadas despretensiosas por lágrimas copiosas! Aquela dor no coração, quase física! Ô sensação ruim, essa, não é?

Essa semana me peguei muito refletindo sobre a tristeza, sobre esse sentimento que tanto evitamos, que demora a ir embora, que nos marca, que nos ‘rouba a paz’ e em meio às minhas reflexões, leio um texto de uma amiga admirável, que perpassa por esta minha reflexão e em meio ao texto (magnífico, por sinal) ela cita o seguinte trecho de Bráulio Bessa: “Quando a vida bater forte e sua alma sangrar, quando esse mundo pesado lhe ferir, lhe esmagar… É hora do recomeço. Recomece a lutar. (…)”.

Áh! É isso! Existem épocas que apanhamos feio da vida, que somos desafiados em um ringue cuidadosamente arquitetado para nos nocautear. E vamos nós para o chão, caímos, começa a contagem: 10, 9, 8 e levantamos, desnorteados e zonzos e, como estamos no ringue, segue o massacre! Parece que todos os problemas e todas as tristezas, todo o choro e desalento resolvem aparecer juntos e de mãos dadas, revezando a vez de bater em nós. A vontade é ficar no chão, ficar ali ao solo, jogados, esperando o ‘game over’!

Mas, não! Nada de ‘game over’, nada de ‘jogar a toalha’, não! Como dizia o poeta: “É a vida, é bonita e é bonita (…) Ah meu Deus! Eu sei, eu sei que a vida devia ser bem melhor e será, mas isso não impede, que eu repita: é bonita, é bonita e é bonita (…)” Gonzaguinha
Não vamos desistir! Problema nenhum, adversidade alguma, qualquer crueldade, aquele revés, o problema de saúde que veio tão inesperado, aquele desespero financeiro que parece areia movediça, dentre outros não podem ser maior que nós e que nossa determinação em passar por eles, vencê-los, resolver os problemas, nos afastarmos dos cruéis, dos maldosos, dos não empáticos!

Durante a faculdade, uma mestra muito sábia e excelente profissional, costumava dizer algumas vezes: “Isso também vai passar” e não é que ela estava correta? Tudo passa, passam os dias, passam as alegrias, passam as tristezas, passam os problemas. QUE BOM!

Até que passe, entretanto, como diz a Dori (do Procurando Nemo): “Continue a nadar”. Sim, sigamos nadando! Lutando e batalhando! Não paremos!

Olhemos nossas tristezas de frente, demos os nomes reais a elas e vamos começar a tratar de solucionar e acabar com o que nos causou e nos levou às lágrimas. Não, não é fácil, mas é possível. Não podemos resolver tudo de uma vez, mas podemos resolver tudo. Pois, mãos à obra!

Tenhamos ao nosso redor incentivadores, pessoas que nos amam e nos querem bem! Que nos auxiliam, que são empáticos e carinhosos conosco. Verdadeiros quando dizem que gostam de nós. Momentos de tristeza são muito bons para que possamos ‘descobrir’ quem sim, quem não e quem nunca! Quem nunca: cortemos de nossas vidas, são fonte de aprendizado único e de tristeza constante caso permaneçam.

A arte de resistir às tristezas, às ‘pancadas’, às pessoas tóxicas e maldosas que passam por nossas vidas nos faz mais fortes, mais experientes e mais maduros, além de mais habilidosos para lidar com os próximos problemas que virão (porque eles, sim, virão).

Encerro com o discurso de Rocky Balboa para o seu filho, para que possamos refletir: “O mundo não é um mar de rosas; é um lugar sujo, um lugar cruel, que não quer saber o quanto você é durão. Vai botar você de joelhos e você vai ficar de joelhos para sempre se você deixar.

Você, eu, ninguém vai bater tão forte como a vida, mas não se trata de bater forte. Se trata de quanto você aguenta apanhar e seguir em frente, o quanto você é capaz de aguentar e continuar tentando. É assim que se consegue vencer. Agora se você sabe do teu valor, então vá atrás do que você merece, mas tem que estar preparado para apanhar. E nada de apontar dedos, dizer que você não consegue por causa dele ou dela, ou de quem quer que seja. Só covardes fazem isso e você não é covarde, você é melhor que isso.”

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