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Proposta garante direitos mínimos para a população de rua durante a pandemia

Foto: Prefeitura de Campinas / Divulgação

A Câmara está analisando projeto de lei (3319/21) que determina ações para garantia dos direitos das pessoas em situação de rua.

Pelo texto, é preciso garantir acesso a água para banho e produtos de higiene pessoal; quatro refeições diárias; acesso à saúde; e durante a pandemia o governo deve providenciar moradia para essas pessoas, inclusive utilizando imóveis públicos.

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Segundo levantamento apresentado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), com base nos dados do censo anual do Sistema Único de Assistência Social, SUAS, até 2019 o Brasil contava com uma população de 222 mil pessoas em situação de rua. Os dados para esse estudo do Ipea referem-se aos anos de 2012 a 2019, mas o instituto estima que, durante a pandemia, o crescimento possa ter sido de 140 por cento, levando essa população vulnerável a mais de meio milhão de pessoas (532 mil).

O autor da proposta sobre direitos da população de rua, deputado José Nelto (Pode-GO), lembrou que a Constituição Federal garante saúde e assistência aos desamparados, o que não vem sendo cumprido pelo governo, principalmente durante a pandemia de Covid 19.

“Aquele cidadão, aquela família, que morava de aluguel e não conseguiu mais pagar seu aluguel foi jogado para a rua morando em lugares insalubre, embaixo de viadutos, nas praças e o governo tem obrigação e o dever de cuidar dessas famílias. Nós não podemos ter um país rico, com parcela da população passando fome, passando necessidade”.

A maioria dos moradores de rua (81,5%) está em municípios com mais de 100 mil habitantes, principalmente das regiões Sudeste (56,2%), Nordeste (17,2%) e Sul (15,1%). Já as principais ações dos municípios para essa população são focadas em três pilares: abrigamento, higiene e alimentação, mas são realizadas de maneira insuficiente, não atendendo todas as pessoas vulneráveis.

Para o Movimento Nacional da População em Situação de Rua, a falta de dados dos impactos da pandemia nessa população, como o número de infectados e óbitos, é um empecilho para pensar em políticas públicas de saúde e proteção social eficientes, principalmente para crianças de adolescentes.

A proposta que estabelece ações para atendimento da população em situação de rua vai ser analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça.

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