A promotora de Justiça Monique Ratton denunciou, nesta segunda-feira (29), o motorista de um carro de luxo da marca Porsche pelos crimes de homicídio doloso qualificado (com intenção de matar), cuja pena vai de 12 a 30 anos de reclusão, e lesão corporal gravíssima (que pode elevar a pena total em um sexto), ambos na modalidade dolo eventual, em virtude do resultado produzido por uma colisão ocorrida na madrugada de 31 de março, na Avenida Salim Farah Maluf, na zona leste de São Paulo.
Ela se manifestou a favor da decretação da prisão preventiva para evitar que o denunciado, como já fez ao longo das investigações, influencie as testemunhas. De acordo com o MPSP (Ministério Público de São Paulo), o denunciado ingeriu álcool em dois estabelecimentos antes de apanhar o seu veículo.
A namorada e um casal de amigos tentaram demovê-lo da intenção de dirigir, mas o condutor ainda assim optou por assumir o risco. Na avenida, trafegou a mais de 150 km/h, atingindo um automóvel dirigido por um motorista de aplicativo, que morreu. A vítima que ia no banco de passageiros do carro de luxo teve ferimentos gravíssimos, ficando na UTI por dez dias, com perda de órgão.
O denunciado só se apresentou à autoridade policial 36 horas depois da colisão, tendo deixado o local dos fatos com autorização dos policiais militares que atenderam à ocorrência. Assim, a promotora requisitou ao Juízo o compartilhamento das provas com a Promotoria da Justiça Militar a fim de que os agentes públicos respondam pelo eventual cometimento de crime por terem cedido ao pedido da genitora do denunciado de levá-lo ao hospital.