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Projeto da Unesp usa a dança para atender pessoas com deficiência em Rio Claro

No campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro, as atividades voltadas à dança servem como ferramenta de inclusão social. Por meio do projeto “Dançando no Escuro”, alunos do curso de Educação Física da instituição desenvolvem ações rítmicas e expressivas ligadas à participação de pessoas com deficiência, oferecendo melhor qualidade de vida ao público.

“A pesquisa é sobre o desenvolvimento de um método que atenda várias deficiências e que permitam às pessoas fazer uma coreografia, além de jogos lúdicos e rítmicos para trazer benefícios aos participantes”, explica a pesquisadora Súsel Lopes, mestranda no programa Educação Física da Unesp de Rio Claro.

Evolução
Pela dança inclusiva, é possível englobar todas as pessoas com ou sem deficiência na atividade. Vale destacar que a iniciativa era destinada para deficientes visuais até 2017. A partir deste ano, o “Dançando no Escuro” passou a incluir pessoas com qualquer tipo de necessidade especial. Hoje, o projeto está aberto a todos os públicos. O único pré-requisito é ter interesse em dança.

“É um espaço de possibilidades das potencialidades dessas pessoas, pois, muitas vezes, elas são tidas como incapazes de produzir conhecimento e de se expressar. Aqui, nós a entendemos como nós e como elas são portadoras de poder”, ressalta a coordenadora do projeto, Andresa de Souza Ugaya.

A mestranda Súsel Lopes, que tem formação em Fisioterapia, relata que não conseguia utilizar questões lúdicas em uma iniciativa do tipo e movimentos mais amplos no tratamento dos pacientes.

Reabilitação
A pesquisadora se baseou nessa experiência, na segunda formação, para desenvolver as atividades de reabilitação. “Os participantes podem aproveitar muito mais os benefícios sociais que isso pode trazer, a interação e a própria brincadeira”, acrescenta Súsel Lopes, autora do projeto.

“Observamos evoluções na questão visual e também nos aspectos motor e física. Os participantes adoraram estar no palco. As mudanças foram visíveis do começo ao fim em todos os casos”, relata a mestranda Suelen Cristina Cordeiro, que ajuda na condução das atividades.

Nem mesmo a cadeira de rodas é um impeditivo à presença nas aulas, como destaca a participante Rita de Cássia. “O benefício que o projeto tem me dado é mais coordenação motora, flexibilidade. É uma experiência muito boa e adoro estar aqui”, afirma.

A mestranda Súsel Lopes ressalta que o projeto permanece aberto à participação de profissionais interessados em conhecer mais a respeito da área, voluntários ou participantes. Está em estudo, inclusive, a possibilidade de a metodologia ser implantada em uma universidade da Malásia.

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