O Brasil é o país recordista na incidência de descargas elétricas, os raios, com 100 mortes por ano. Um dos caminhos para a redução das fatalidades é a informação, como salienta o dr. Osmar Pinto Júnior, do ELAT (Grupo de Eletricidade Atmosférica) do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), especialista no assunto, em entrevista ao Rápido no Ar.
O ELAT/INPE faz a aferição dos raios, sendo que, apenas em janeiro de 2022, Limeira registrou 5.341 raios, acima dos 4.491 de janeiro de 2021. Em janeiro de 2020, foram 8.529. Em fevereiro, até o dia 17, foram 1.973 incidências.
Em 2021, quando o município totalizou 16.168 raios, o mês com maior incidência foi fevereiro, com 6.791. Em 2020, o total foi de 30.812, com o recorde em janeiro.
Em Cordeirópolis, foram 5.056 raios em 2021 (com 2.488 em janeiro) e 8.078 em 2020 (2.696 em dezembro). Em janeiro de 2022 foram 1.486 raios, e, em fevereiro, até o dia 17, 527.
Em Iracemápolis, foram 2.061 raios em 2021 (com 779 em janeiro) e 6002 em 2020 (1.468 em janeiro). Em janeiro de 2022 foram 1.349 raios, e, em fevereiro, até o dia 17, 117.
Confira, na entrevista, as orientações e os mitos que impedem a prevenção de acidentes. Dr. Osmar Pinto Junior é pesquisador sênior do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) do INPE, com atuação internacional nas áreas de eletricidade atmosférica e mudanças climáticas, em particular, em aspectos científicos e tecnológicos ligados à ocorrência de tempestades. Graduado em Engenharia Elétrica, com mestrado e doutorado no INPE e pós-doutorado na Universidade de Washington e na National Aeronautics and Space Administration (NASA).