Uma professora de ginástica artística de um clube esportivo de Limeira está sendo investigada por intimidação sistemática (bullying) contra uma aluna de 12 anos. O caso foi registrado na Polícia Civil, e a denúncia aponta que a educadora teria perseguido, humilhado e discriminado a menina, resultando no afastamento da criança dos treinos.
A mãe da vítima procurou a Polícia Civil para relatar o ocorrido. Segundo o Boletim de Ocorrência, a adolescente pratica ginástica artística desde os seis anos no clube e sempre demonstrou comprometimento e dedicação à modalidade.
No entanto, após começar a treinar também em outra entidade esportiva da cidade, a aluna teria começado a sofrer represálias da professora. Conforme relatado, a docente passou a tratá-la de maneira diferenciada, sendo rude, excluindo-a de atividades e diminuindo sua participação nas apresentações de final de ano.
De acordo com o relato, a professora começou a insistir para que a mãe retirasse a filha dos treinos. Além disso, teria tomado atitudes como reduzir o tempo da jovem nos ensaios e impedi-la de participar das coreografias principais. A situação se agravou quando a treinadora afirmou publicamente para toda a equipe que a estudante não ocuparia mais funções de destaque, deixando-a em segundo plano nas apresentações.
Os pais tentaram resolver o problema internamente, acionando a diretoria do clube e denunciando o comportamento da professora. O caso foi reportado à direção esportiva do clube, mas, segundo a mãe da aluna, não houve nenhuma providência para evitar que os abusos continuassem.
Diante da permanência do comportamento da professora, a aluna optou por abandonar os treinos, pois se sentia humilhada e excluída. A família destaca que a situação afetou emocionalmente a adolescente, causando desmotivação e insegurança.
O boletim de ocorrência classifica o caso como crime de intimidação sistemática (bullying), previsto no Código Penal. A ocorrência foi registrada na tarde de quarta-feira (19), no próprio clube.
O Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar a situação. A Polícia Civil seguirá com a apuração do caso, ouvindo testemunhas e os envolvidos. Se confirmadas as acusações, a professora pode responder judicialmente pelas atitudes relatadas.
A reportagem do Rápido no Ar tentou contato com a direção do clube esportivo para um posicionamento, mas até o momento não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.