Muito lixo, dezenas de garrafas e inúmeros pneus deixados a céu aberto. O quadro de conflito com a saúde pública e denúncias na plataforma 156 levaram a Prefeitura de Limeira a realizar ontem (17) uma ação de limpeza compulsória em um imóvel no bairro Nova Conquista. Para o trabalho, foram destacadas equipes da Divisão de Controle de Zoonoses, da Secretaria de Obras e Serviços Públicos e da Vigilância Sanitária (Visa), totalizando 16 pessoas. A iniciativa recebeu apoio de uma unidade da Guarda Civil Municipal (GCM).
Segundo a chefe da Divisão de Zoonoses, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, o local abrigava uma quantidade elevada de recipientes propícios à formação de criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. “A presença de lixo e de entulho favorecia a proliferação de escorpiões e de roedores”, afirmou.
O endereço, conforme Pedrina, é habitado por um homem que não foi localizado em visitas anteriores, razão pela qual houve necessidade de deflagrar a ação compulsória. Além dos materiais inservíveis já citados, os agentes recolheram dezenas de objetos plásticos, lonas velhas, roupas, partes de equipamentos eletroeletrônicos entre outros. “Localizamos muitas larvas, que estavam em diversos tipos de recipientes, inclusive dentro de panelas antigas”, esclareceu. As larvas foram coletadas para análise de compatibilidade com o Aedes aegypti.
O volume de inservíveis, o equivalente a 15 metros cúbicos de lixo, foi levado do local com auxílio de um caminhão coletor. O morador do imóvel, conforme Pedrina, é reincidente e apresenta características de acumulador. Por esse motivo, será encaminhado para acompanhamento na Unidade Básica de Saúde mais próxima. Ele também será autuado pela Visa por fator ambiental de risco à saúde – incluindo a proliferação de artrópodes nocivos e de roedores, além da presença de larvas de mosquito – e estará sujeito à multa de 50 Ufesps (R$ 1.380).