A primeira fase de implementação da Lei Lucas em Limeira foi concluída nesta quarta-feira (25) com mais uma capacitação em primeiros socorros, ministrada pelo Samu.
O treinamento ocorreu na sede de Secretaria de Educação e recebeu presença de monitores de escolas municipais. Agora, todas as unidades da rede municipal de ensino contam com, pelo menos, dois funcionários capacitados para agir em situações de engasgamento ou de parada cardiopulmonar.
Presente no treinamento, a diretora pedagógica da pasta, Adriana Dibbern Capicotto, destacou que a aplicação da Lei Lucas em Limeira surgiu a partir de um projeto de lei da vereadora Erika Tank. “Essa iniciativa visa munir os servidores das escolas públicas com conhecimento necessário em primeiros socorros. São pequenas ações que podem levar a um desfecho positivo”, frisou.
A vereadora Erika Tank, que também esteve na Secretaria de Educação, resgatou a história do menino Lucas Begalli, de Campinas, que morreu no ano passado em decorrência de asfixia por engasgamento, durante um passeio organizado pela escola onde estudava. Na época, Lucas tinha 10 anos de idade. Após o caso, a vereadora conta que procurou auxílio técnico para elaborar o projeto de lei e apresentá-lo à Câmara. “A mãe do menino, Alessandra Zamora, entrou em contato comigo e pediu que o projeto se chamasse Lei Lucas.”
Erika salientou que Limeira foi a primeira cidade do país a aprovar e implementar a Lei Lucas. Sancionada pelo prefeito Mario Botion em março, a Lei 5.987 obriga as escolas a adotarem ações de treinamento a todos os profissionais para prevenção de acidentes e atendimento de primeiros socorros. “É da natureza humana tentar ajudar uma criança em situação de risco. E o conhecimento dessa natureza pode fazer a diferença”, frisou.
A vereadora agradeceu às secretarias de Educação e de Saúde, especialmente ao Samu, pela disposição em colocar em prática a lei. Erika avaliou positivamente a resposta das escolas a essa iniciativa, ao solicitarem novos cursos de capacitação. “Agradeço a toda equipe envolvida. Em nome de todas as mães e pais, o meu muito obrigada”, disse.
A capacitação foi ministrada pela enfermeira do NEU, Fernanda Cantão Silva, pela coordenadora técnica do Samu, Maria Fernanda Olívio Dionízio, e pela enfermeira da Secretaria de Saúde, Maria Ilídia Mazola. O conteúdo abordou questões sobre obstrução de vias aéreas por corpo estranho, quedas, acidentes de trânsito, intoxicação, choque elétrico, afogamento, queimaduras, convulsão, entre outros.
Sobre as obstruções das vias aéreas, Fernanda Cantão observou que a maioria das ocorrências envolve crianças menores de 1 ano de idade e que a cada minuto sem respiração, a chance de sobreviver diminui 10%. Citando a organização Criança Segura, a enfermeira afirmou que, no entanto, 90% dos casos poderiam ser evitados com medidas preventivas.