O prefeito de Pirassununga (SP), Dr. José Carlos Mantovani, os secretários de governo, Luiz Carlos Montagnero Filho, da agricultura, Marcos Alecsandro de Oliveira Moraes, o superintendente
do departamento de águas e esgoto, Jeferson Ricardo do Couto, e a pregoeira do setor de licitações, Dercilene dos Santos Magalhães, foram afastados de seus cargos nesta manhã de segunda-feira (4), durante uma operação de combate ao crime organizado.
A operação foi desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), órgão do Ministério Público do Estado de São Paulo, e que investiga o desvio de recursos em contratos da prefeitura, em meio a investigação de crimes de fraude a licitações, peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Quem está no apoio da operação, intitulada de “Caliphornia” é o 10º BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) que também cumpre mandados na cidade paulista de São José do Rio Preto (SP) e na mineira Pouso Alegre.
Com relação à Pirassununga, segundo o que foi apurado pelo Ministério Público, até o momento, uma empresa privada de limpeza pública teria subornado agentes públicos da cidade, incluindo prefeito e secretários municipais, para ser favorecida em contratos de coleta de lixo, varrição e roçagem e receber recursos públicos em desconformidade com os serviços prestados.
Parte dos repasses de valores teria acontecido, de acordo com as investigações, mediante “triangulação financeira”, com envolvimento de terceirizados da empresa e contas bancárias de parentes ou pessoas indicadas pelos agentes públicos.
A investigação teve como base análise de diversas provas documentais, interceptações das comunicações telefônicas e telemáticas, além de dados e informações de fontes abertas. O exame do material apreendido e outras diligências darão continuidade às apurações.
O MPSP trabalha para que os responsáveis pelo saque aos cofres públicos sejam efetivamente punidos, na proporção de todas as mazelas que a falta dos recursos causa para a população pirassununguense, e que esses valores sejam repatriados para o município.
O Rápido No Ar fez contato com a assessoria de imprensa da prefeitura de Pirassununga, via WhatsApp, a qual informou que ainda não há previsão de quando será emitida uma nota a respeito deste assunto (afastamentos). e que assim que houver algum posicionamento irá enviar.