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Precisamos falar sobre a homofobia…

Imagem: Freepick

Em 2021 tantos problemas que enfrentamos: pandemia, economia ruim, desemprego, fome assolando aos mais pobres, violência aumentada, maior número de pessoas morando nas ruas e incrivelmente um beijo gay ainda nos incomoda.

Posto isto é importante salientar que homofobia além de ser preconceito, além de ser ignorância, além de ser violento é crime, sim, é crime. Em 2019, STF decidiu que declarações homofóbicas podem ser enquadradas no crime de racismo com pena de 1 a 3 anos de reclusão, podendo chegar a 5 em casos mais graves.

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Homofobia não é opinião, racismo não é opinião, xenofobia não é opinião, mas sim preconceitos que machucam, que segregam, que ofendem. São demonstrações gratuitas de ódio e ignorância.

A homofobia significa aversão irreprimível, repugnância, medo, ódio ou preconceito que algumas pessoas ou grupos nutrem contra a população LGBTQIA+. Ela é considerada um tipo de intolerância, assim como o racismo, o antissemitismo e outras formas que negam a humanidade e dignidade às pessoas. Desde 1991, a Anistia Internacional considera a discriminação contra os homossexuais uma violação aos direitos humanos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece o dia 17 de maio como o Dia Internacional contra a Homofobia (International Day Against Homophobia).

A data comemora a exclusão da homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre 1948 e 1990, a homossexualidade (que era chamado de “homossexualismo”) era considerada um transtorno mental.

Você não precisa ser LGBTQIA+ para ser empático, para não ser preconceituoso e não tentar impedir que as pessoas possam amar e ser amadas, possam se relacionar e sejam tratadas de forma natural, humana e acolhedora, como qualquer um de nós é e merece ser.

Um beijo gay incentiva crianças a se ‘tornarem’ gays exatamente na mesma medida que um beijo hetero as incentiva, isto é: não as incentivas, zero são as chances disso acontecer.

A sexualidade e definição dela vai além de incentivos advindos de exemplos em revistas, livros, família e amigos, é muito mais complexo e amplo do que isso, é individual, intrínseco e peculiar a cada um de nós.

Precisamos respeitar as diferenças e a diversidade, não podemos mais aceitar o ódio, a segregação, a violência e o preconceito como se fossem opiniões. Veja bem, opinião: “Acho que o campo é mais gostoso do que a praia.”, preconceito: “Gays são errados e é horrível encontrar um casal gay.”.

Trabalhe seu preconceito, ele machuca, ofende, faz mal e incentiva o ódio e mais preconceito, mas revela muito sobre suas dificuldades com o que não é semelhante a você.

Encerro com um convite a reflexão: “Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto, chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto, é que Narciso acha feio o que não é espelho, e à mente apavora o que ainda não é mesmo velho, nada do que não era antes quando não somos mutantes (…)” Caetano Veloso.

Conheçam: maespeladiversidade (Instagram)

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