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Por que não comer carne na Sexta-Feira Santa? Veja resposta enviada pelo Vaticano

A Páscoa é uma das celebrações mais importantes do calendário cristão. Ela relembra a crucificação e ressurreição de Jesus Cristo.

As celebrações acontecem durante a Semana Santa, período do cristianismo que tem início no Domingo de Ramos, dia que marca a entrada de Cristo em Jerusalém e termina exatamente no domingo de Páscoa, dia da ressurreição de Cristo.

Durante este período, fiéis do mundo todo seguem algumas práticas e tradições ligadas principalmente ao catolicismo. Uma das mais conhecidas é não consumir carne na Sexta-feira Santa. O dia é reservado para a prática de abstinência. Essa tradição opõe-se ao consumo de carne vermelha e frango nesta data. É comum que as pessoas os substituam pelo peixe.

O Rápido no Ar entrou em contato com o Vaticano e obteve a orientação de como a Igreja Católica se posiciona hoje em dia em respeito a essa tradição.

Segundo o padre Alexandre Favretto, o não consumo de carne na Sexta-Feira Santa permanece válido como disciplina para o fiel cristão católico.

Dois pontos referenciam a tradição. O primeiro, Didaqué ou doutrina, que é o nome que se pode dar ao catecismo dos primeiros cristãos, escrito ao final do século I. E, em segundo, a instituição do hábito, por Papa Nicolau, como disciplina para a Igreja. Ouça a resposta enviada pelo Vaticano na integra:

Ainda, segundo o religioso, nos dias de hoje o não consumo de carne com sangue vermelho nas Sextas-Feiras Santas e também nas Quartas-Feiras de Cinzas é um auxílio para que a pessoa possa perceber a importância da mística na sua vida. “A ideia de que abster-se de algo tão material possa permitir para a pessoa voltar a olhar para outras, que são mais importantes. Pensando aqui a Sexta-Feira Santa, nós estamos nos referindo à Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. A abstinência de qualquer outra coisa, faz com que todos nós, cristãos católicos que celebramos esse mistério, possamos colocar um foco exclusivo no mistério da Paixão de Jesus, no significado de sua crucificação”, ressalta o padre.

O Código de Direito Canônico afirma que todas as sextas-feiras do ano devem ser reservadas para a abstinência de carne ou outro alimento, mas o jejum pode ser substituído pela realização de uma obra de caridade, por exemplo. No que compete à Páscoa, o jejum era realizado durante todo o período da Quaresma (período de 40 dias que antecedem a Páscoa).

Existem aqueles que ainda fazem o jejum na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa. No entanto, o mais comum entre aqueles que praticam o jejum, é realizá-lo apenas na Sexta-Feira Santa.

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