Um caso ganhou bastante repercussão após uma mulher, de 40 anos, registrar um boletim de ocorrência no Plantão Policial de Limeira, alegando que teria encontrado um suposto dente dentro de uma linguiça.
O fato teria acontecido há uma semana, e a mulher procurou a polícia na noite da última terça-feira (6), como foi mostrado ontem aqui no Rápido no Ar.
A nossa reportagem entrou em contato com a auxiliar administrativa que contou que comprou 1 Kg de linguiça já temperada em um supermercado da cidade. Durante o jantar, o filho dela achou que havia mordido um pedaço de osso que estaria na linguiça, mas quando tirou da boca viu que era um suposto dente que estaria dentro do alimento.
A mulher alega ainda que ela e os três filhos que comeram a linguiça passaram mal. Tiveram muita náusea e dor de cabeça. E somente o filho de sete anos que não ingeriu o alimento não apresentou os sintomas – “Pelo tamanho e pelo formato, eu creio que seja um dente de um roedor. Isso é um absurdo, porque crianças estão comendo também esse alimento. E isso é muito grave” – disse a mulher.
A equipe do Rápido no Ar entrou em contato com a fabricante da linguiça. Até que um laudo comprove de o fato o problema, não vamos revelar o nome da empresa. Através de sua assessoria de imprensa, a empresa disse que nunca houve nenhum caso semelhante, e que espera que a situação possa ser investigada e esclarecida o mais rápido possível. Ainda segundo eles, o objeto supostamente encontrado na linguiça, pode ser um pedaço de osso, mas isso não é comum de acordo com empresa.
O delegado que cuida do caso, o Dr. João Batista Vasconcelos, garantiu que a polícia vai investigar a situação – “Nós vamos dar prosseguimento nas investigações, para ver até que ponto é verdadeiro ou não a alegação dessa pessoa que se queixou” – afirmou o delegado.
Ele explica ainda que se for comprovado o problema a empresa responsável vai responder criminalmente – “Se for comprovado o crime nesse tipo de caso é um crime contra as relações de consumo, de acordo com o artigo sétimo da lei 8.137 no inciso nono. A lei prevê uma pena de dois a cinco anos para quem vende produto impróprio para o consumo. Nesse caso específico, se for comprovada evidentemente a situação, pode se caracterizar a venda de produto impróprio para o consumo” – concluiu o delegado.