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Polícia prende casal suspeito de participar de assassinato de Vitória

Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, foi encontrada morta em uma área de mata de Araçariguama (SP) oito dias após desaparecer.

O casal suspeito de ter participado na morte de Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, foi preso na madrugada desta sexta-feira (29) no bairro Três Lagoinhas, em Mairinque (SP). Com a prisão da dupla, já são três pessoas detidas por suspeita de terem alguma ligação com o desaparecimento e morte da menina.

Os dois foram levados para a delegacia de Mairinque, onde devem prestar novos depoimentos. Segundo a Polícia Civil, o casal já tem passagem pela polícia, o homem por tráfico de drogas e a mulher por roubo.

Vitória saiu de casa para andar de patins.

Ambos são apontados pelo servente de pedreiro Júlio César Lima Ergesse, que já estava detido, como responsáveis por terem transportado a menina em um carro, no dia em que ela desapareceu.

Segundo informações preliminares, o casal foi interrogado e apresentou diversas contradições ao informar vários álibis para o dia e horário do crime. A dupla foi levada para a Delegacia de Polícia Civil de Mairinque. A identidade dos suspeitos não foi divulgada.

Nesta quinta-feira, 28, o servente de pedreiro Julio César Lima, de 24 anos, foi indiciado por homicídio doloso. Ele nega ter participado do crime, mas afirma que esteve com um casal que levou a menina de carro no dia em que ela teria sido assassinada

Vitória foi assassinada no dia 8 de junho, o mesmo dia em que desapareceu após sair de casa para andar de patins, em Araçariguama, interior de São Paulo. A Polícia Civil informou com base em laudo do Instituto Médico Legal (IML), que a causa da morte foi asfixia mecânica com constrição cervical. A polícia acredita que ela pode ter sido morta com um golpe conhecido como “mata-leão”, em que o pescoço da vítima é apertado entre o braço e o antebraço do agressor.

O corpo foi encontrado oito dias após o desaparecimento, num matagal, à beira da Estrada de Aparecidinha, no bairro Caxambu, zona rural do município. Os patins estavam ao lado do cadáver. O laudo apontou ainda marcas compatíveis com amarras nos braços e nos tornozelos da garota, o que indica que ela pode ter sido amarrada a uma árvore antes de ser assassinada.

Conforme o delegado seccional de Seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, o laudo reforçou a hipótese de vingança, pois não há indícios de que a menina tenha sofrido violência sexual.

Segundo ele, não está descartada a hipótese de Vitória ter sido levada por engano, uma vez que a família não tem histórico de inimizades que pudessem levar a uma represália desse tipo.

A polícia incluiu na investigação o irmão de outra garota com o mesmo nome, fisicamente parecida com Vitória, que teria dívidas de drogas com traficantes da região. Essa linha de investigação foi baseada nos depoimentos do único suspeito preso provisoriamente pelo crime, um servente de pedreiro que teria testemunhado o arrebatamento da garota por supostos traficantes.

A Secretaria da Segurança Pública ofereceu recompensa de até R$ 50 mil por informações sobre o crime. A polícia recebeu várias denúncias, mas a maior parte já foi descartada.

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