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Polícia pede prorrogação em inquérito contra bispo de Limeira e padre de Americana

Dom Vilson (esquerda) suspendeu o padre Leandro (direita) de suas funções na Diocese por tempo indeterminado.

A Polícia Civil informou que deverá solicitar a prorrogação do inquérito que investiga o bispo dom Vilson Dias de Oliveira, de Limeira (SP), e o padre Pedro Leandro Ricardo, de Americana (SP). Para a Secretaria de Segurança Pública (SSP), serão necessárias novas diligências e o prazo termina nesta quarta-feira (8).

Dom Vilson teve seu nome envolvido em um suposto caso de extorsão e coação, além de ser investigado pela suspeita de que teria acobertado denúncias de abuso sexual de menores envolvendo o padre Pedro Leandro Ricardo, na Basílica Santuário Santo Antônio de Pádua, em Americana (SP), o bispo também teve seu nome citado em outra ocorrência envolvendo um caso de suposta extorsão.

De acordo com reportagem publicada pelo O Globo, e mostrado aqui no Rápido no Ar em fevereiro, o jornal teve acesso ao depoimento do padre Ângelo Francisco Rossi, na Delegacia Seccional de Americana (SP). No depoimento, o padre emérito Ângelo relatou que o bispo teria pedido R$ 50 mil para a compra de armários para sua própria casa na cidade de Guaíra (SP).

De acordo com o padre, ele teria se encontrado com dom Vilson na casa episcopal de Limeira no ano de 2012, onde o bispo teria solicitado que o valor de R$ 50 mil fosse retirado da igreja Santo Antônio de Pádua, que na época era dirigida pelo padre Ângelo.

Ainda em seu relato, o sacerdote alegou que os conselheiros negaram o pedido, o que teria irritado o bispo, que então passou a exigir um valor maior, de R$ 150 mil, que seria destinado à realização de obras na diocese de Limeira.

Já o padre Leandro é investigado por denúncias de quatro abusos sexuais. Após a abertura das investigações, ele foi afastado da função de pároco da Basílica de Santo Antônio de Pádua, em Americana (SP).

No dia 27 de janeiro, dom Vilson suspendeu o padre Leandro de suas funções na Diocese por tempo indeterminado.

No documento emitido pela Diocese, o bispo afirmava que o afastamento era por tempo indeterminado e após a decisão, o padre, que era reitor da Basílica, não poderia mais realizar qualquer sacramento. Além de ressaltar que as responsabilidades referentes a sua defesa no âmbito da justiça civil ficariam por conta dele, sem apresentar mais detalhes sobre o que o padre estaria respondendo juridicamente.

Em nota, a Basílica alegou que o reitor padre Leandro Ricardo estaria sendo vítima de uma intensa campanha de difamação. ‘Pessoas mal-intencionadas, que se escondem no anonimato, disseminam mentiras na imprensa e nas redes sociais.’, afirma o texto.

O pedido da Polícia Civil de Piracicaba (SP) será submetido ao Ministério Público Estadual (MP-SP) e à Segunda Vara Criminal de Americana, que decide se prorroga ou não o inquérito e por quanto tempo.

A SSP informou ainda que não pode divulgar mais informações, pois o caso corre em segredo de Justiça.

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