A Polícia Civil recriou a face de um homem que foi encontrado sem vida e com o corpo parcialmente queimado, no dia 21 de janeiro deste ano, na Rua Ercílio Contrucci, região do Jardim Imperador, zona sul da Capital.
Não foram localizadas testemunhas do crime ou mesmo algum indício sobre quem seria a vítima. Para auxiliar nas investigações e na identificação do homem, o Setor de Arte Forense do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) reconstruiu digitalmente o rosto.
A vítima é do sexo masculino, tem a pele branca, cabelos curtos, pesava cerca de 100 quilos e tem aproximadamente 1,80 m de altura.
A Polícia Civil ressalta que que qualquer pessoa que possa colaborar com informações sobre o crime ou a vítima pode entrar em contato com os investigadores pelo e-mail cecop.dhpp@policiacivil.sp.gov.br ou pelo telefone (11) 3311.3950.
Tecnologia a serviço da Justiça
No Laboratório do DHPP, reformulado no final de 2013 para abrigar com novos equipamentos, os artistas mesclam as habilidades de desenho com computação gráfica para ajudar a esclarecer crimes.
Pioneiro em toda América Latina, a unidade possui mesas digitalizadoras e um software utilizado por estúdios de animação para criar imagens hiper-realistas. A Polícia Civil paulista foi a primeira a utilizar técnicas de computação gráfica para reconstituição facial em 3D, incluindo para casos de progressão de idade no desparecimento e localização de crianças e adolescentes.
O setor ganhou notoriedade em 2014 quando os designers modelaram o rosto de um taxista utilizando apenas a tomografia do crânio. Devido aos ferimentos, os profissionais tiveram que “remontar virtualmente” a face da vítima, como se fosse um quebra-cabeça. Outro caso de repercussão ocorreu em 2016, quando o laboratório utilizou a técnica de imagem hiper-realista para identificar, com base em retratos-falados, o rosto de um homem que utilizava uma seringa para ferir passageiros dentro de trens e estações.