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Polícia Civil de Limeira identifica 25 envolvidos em furto milionário de carros

A Polícia Civil de Limeira (SP), por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), comandada pelo delegado William Marchi, finalizou nesta semana os relatórios de investigações do megafurto de veículos que ocorreu em maio, quando 14 automóveis de luxos foram subtraídos do estabelecimento Ronaldo Automóveis, na Vila Rosana, que rendeu prejuízo de R$ 1.363.000 Os investigadores da unidade identificaram 25 integrantes do bando que agiu no crime e Marchi representou pela prisão de todos. Eles repondem criminalmente por furto qualificado, associação criminosa e organização criminosa.

O furto ocorreu na madrugada do dia 17 para o dia 18 de maio. Pela manhã, quando o proprietário chegou no estabelecimento, percebeu que 14 automóveis tinham sido furtados. Imediatamente, os policiais começaram a atua na apuração do caso a na tentativa de recolher informações que ajudaram a identificar os veículos usados nos crimes.

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Os investigadores conseguiram imagens de câmeras residenciais e também da Muralha Digital. Desta forma, identificaram que o bando usou seis automóveis para o furto: um Celta, dois Nissam March, um Uno, um Palio e um Spacefox.

No dia do crime, nas proximidades do próprio estabelecimento, foram localizados, em estado de abandono, dois dos veículos até então subtraídos. A Polícia Civil requereu perícia para o estabelecimento e nos veículos encontrados. “Foram submetidos a perícia técnico-científica por peritos criminais do Instituto de Criminalística de Limeira, inclusive com coleta de fragmentos de impressões digitais visando auxiliar na identificação de, pelo menos, parte dos criminosos envolvidos na empreitada infracional”, citam os policiais no relatório de investigações.

Durante as investigações, os policiais conversaram com T.H.O., que era vizinho ao estabelecimento alvo do crime. Ele e a esposa tinham alugado o imóvel havia cerca de dois meses antes do furto. “Ele já é conhecido dos meios policiais por envolvimento em crimes patrimoniais, sobretudo roubo e receptação, inclusive relacionado a veículos e cargas, sendo egresso do sistema prisional desde 20 de março de 2020, após estar recluso, mais recentemente, no Centro de Detenção Provisória de Hortolândia e Centro de Ressocialização de Sumaré. Localizado durante a mesma manhã do fato delituoso, entrevistado informalmente, T. negou veementemente a participação no crime, esclarecendo que permaneceu em sua residência com sua esposa e filha durante todo o dia, noite e madrugada entre os dias 17 e 18 de maio, não tendo ouvido quaisquer barulhos decorrentes do delito. Asseverou, ainda, que teria se recolhido para dormir por volta das 23h30, despertando apenas na manhã seguinte, apontam os policiais. T. estava em posse de um Mercedes-Benz que alegou ser de sua propriedade, mas o carro estava registrado em nome de outra pessoa.

Apesar de negar envolvimento no crime, posteriormente os investigadores descobriram que o Spacefox usado pelo bando pertence à esposa de T. Questionada, ela informou que o marido usou automóvel no dia do crime e os policiais descobriram que o veículo foi usado para transportar outros integrantes do bando.

Inclusive, a suspeita dos policiais é que os dois carros encontrados no dia do furto teriam sido deixados para T. como parte da vantagem que receberia por sua participação no evento criminoso.

LOCALIZAÇÃO DE OUTROS VEÍCULOS
Dos 14 automóveis furtados, metade foi recuperada. Conforme a Polícia Civil, os que não foram localizados foram rapidamente desmontados e suas peças encaminhadas às capitais dos estados de Goiás e Minas Gerais, sem possiblidade de recuperação.

Dois carros foram encontrados no mesmo dia e outros quatro, no dia seguinte. “Durante a madrugada seguinte, 19 de maio, na cidade de Hortolândia, na Rua Antonio Fernandes Leite e adjacências, foram localizados outros quatro veículos, com certo distanciamento entre eles, porém, todos igualmente trancados. Alguns deles, inclusive, apresentavam adulterações em suas placas, promovidas com adesivos, a fim de alterar a combinação alfanumérica”, descreveram os policiais no relatório.

Na tarde daquele mesmo dia, mais um automóvel foi localizado. “Durante a tarde daquele mesmo dia, em continuidade às investidas policiais nas cidades de Hortolândia e Campinas, tendo em vista notícias dando conta de parte da frota de veículos subtraídos teria sido conduzida para aquelas urbes, logrou-se na localização de outro automóvel produto do ilícito, estando este na iminência de ser desmontado no interior da residência localizada na Rua Cabo Rubens Zimerman, em Campinas. Naquela ocasião foram surpreendidos e abordados os investigados T.M.L. e A.B., este último também conhecido pelo apelido de ‘peixe’. Por sinal, ambos teriam participado da empreitada criminosa, inclusive, confessando informalmente suas condutas delitivas”, completaram.

INDICIADOS
Além dos nomes mencionados anteriormente, a Polícia Civil identificou outros integrantes e indiciou cada um. Trata-se G.A.L., B.C.S., J.O.S., M.C.G.S., D.C.S., A.M.R., I.L.F., J.C.S.M., J.J.S.M., C.S.N., M.A.M.F., L.S., M.C.V., R.F.J.M., R.C.S., A.V.M.J., F.B., G.N.S., M.A.V., R.S.S., S.R.S.J. e W. M.O..

De acordo com Marchi, ao todo 25 pessoas integram o bando. “A incessante investigação culminou no desmantelamento de uma organização criminosa integrada por marginais de Campinas e Hortolândia, sendo identificados 25 integrantes e representado pela prisão preventiva de todos. Foi possível vincular os integrantes a crimes de roubos de veículos e cargas ocorridos nas cidades de Araras e Sorocaba, bem como na divisa dos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais”, finalizou.

O caso foi encaminhado à Justiça e o Ministério Público (MP) poderá denunciar os indiciados pelos crimes apontados pela Polícia Civil.

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