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Polícia Civil de Campinas detém jovem por crimes de Preconceito e Uso de Símbolos Nazistas

Foto: Reprodução de Vídeo/Divulgação

Um jovem, de 20 anos, foi detido nesta terça-feira (13), por policiais da 1ª DIG/DEIC de Campinas (SP), acusado de crimes de Preconceito e Uso de Símbolos Nazistas. Ele foi pego em seu local de trabalho, na área central do município, exercendo função de frentista em um posto de combustível.

Segundo o delegado Elton Costa, que está à frente do caso, foi possível chegar no indivíduo a partir do recebimento de um Relatório de Informações, de cooperação internacional, cujo organismo consegue monitorar redes sociais, principalmente, onde há manifestação de ódio pedofilia e terrorismo. Este relatório dava conta que o cidadão utilizava forte conteúdo de ódio, disseminação de alguns tipos de gênero, e de condutas neonazistas.

Foram buscados alguns dados, junto operadoras de telefonia e empresa de conexão de internet, para identificação dele, onde se conseguiu chegar a ele. Nesta terça-feira, os policiais foram até a casa dele, porém ele mudou-se do imóvel onde morava com a mãe.

Houve uma certa dificuldade em encontrá-lo, até que com alguns locais verificados descobriu-se que ele estava no local de trabalho. Detido, ele se encontrava apenas com o celular no qual os policiais observaram material de conteúdo neonazista e verificando as conversas dele, com outras pessoas, foi visto que ele usava o termo neonazismo em várias delas.

Ao ser perguntado se ele possui algum outro aparelho eletrônico, ele disse possuir um computador e alertou, de pronto, que na página inicial, onde se coloca a senha, já tinha uma bandeira com suástica nazista.

Foram à casa dele, que atualmente reside com a avó, e, ao verificarem o conteúdo, principalmente vídeos, foram encontrados vários deles com disseminação de ódio – tanto nazista quanto vários tipos de mortes em grupos, massacres, até alguns ocorridos em outros países.

Também foi apurado que ele participava de grupos que faziam disseminação de massacres de minorias como negros, homossexuais, e ainda como realizar esse tipo de massacre. Não foi encontrada nenhuma conversa sobre planejamento de massacre individual ou em série.

Num segundo momento, a investigação vai tentar identificar outros participantes. No momento da prisão ele se mostrou uma pessoa fraca e não resistiu – o oposto do que era mostrado pela internet. Primeiro, ele negou seu envolvimento e depois alegou que só fazia isso para arrecadar material, para uma investigação que estava fazendo para coibir esse tipo de conduta.

De acordo com o delegado, familiares dele ficaram assustados com o que ele fazia, porque achavam que se tratava apenas de uma pessoa reservada, que ficava o tempo todo na internet. Ele, que preferiu permanecer em silêncio, vai responder em liberdade.

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