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Piracicaba promove capacitação sobre Monkeypox para profissionais da rede de saúde

Os departamentos de Atenção Básica (DAB) e de Vigilância Epidemiológica e do Cedic (Centro de Doenças Infectocontagiosas) de Piracicaba (SP) promoveram para os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde, uma capacitação sobre atendimento de casos suspeitos de Monkeypox (varíola símia).

Karina Corrêa Contiero, enfermeira do Cevisa, reforça que neste primeiro momento, o treinamento é voltado para profissionais da rede de Atenção Básica – médico clínico geral, enfermeiros, ginecologistas, pediatras e dentistas – e tem entre os assuntos abordados: fluxo de atendimento, avaliação clínica, sintomas da doença, coleta dos exames, notificação, agilidade de diagnóstico, acondicionamento das amostras e sinais de alerta e monitoramento dos casos suspeitos e contactantes.

“Na semana passada nos reunimos com as coordenações da Atenção Básica, UPAs e representantes dos Hospitais para alinharmos o fluxo de atendimento dos casos suspeitos. O objetivo destes dois dias de capacitação é esclarecer as dúvidas dos nossos profissionais, reforçar o fluxo e qualificar ainda mais a assistência e monitoramento dos casos suspeitos ou confirmados em Piracicaba”.

Tatiana Bonini, coordenadora de enfermagem do DAB, com o treinamento, esses profissionais repassarão seus conhecimentos na unidade em que trabalha e o atendimento será mais eficaz. “Além disso, estamos estudando a reorganização das nossas unidades para que se transformem em Centros de Testagem para Monkeypox, nos mesmos moldes como acontece com os CTs para Covid-19”, enfatizou.

ORIENTAÇÕES – Desde o anúncio da chegada da Monkeypox ao Brasil, a Secretaria de Saúde já vinha realizando orientação técnica, por meio da Vigilância Epidemiológica e do DAB, aos profissionais da Saúde da Rede Municipal sobre diagnóstico e protocolo de atendimento no caso de eventuais pacientes.

A SMS também divulga a seus profissionais todas as informações e notas técnicas produzidas pela Vigilância Estadual de Saúde, Secretaria Estadual de Saúde e Ministério da Saúde para orientar os procedimentos. Para Filemon Silvano, secretário de Saúde, palestras e cursos de atualização dos profissionais municipais “serão realizados sempre que necessário”.

A Pasta reforça que o vírus da Monkeypox faz parte da mesma família da varíola e é importante lembrar que o atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. “A transmissão ocorre entre pessoas e o atual surto tem prevalência de transmissão de contato íntimo e sexual, porém o contato com lesões, objetos ou superfícies contaminadas com o vírus e gotículas respiratórias, de quem está contaminado, também pode transmitir a doença”, explica o secretário de Saúde, Filemon Silvano.

PREVENÇÃO – Para se prevenir da Monkeypox é necessário tomar alguns cuidados muito importantes, como evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele; evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença; fazer a higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool em gel; não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais; fazer o uso de máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e contactantes.

O principal sintoma é o surgimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus; caroço no pescoço, axila e virilhas; febre; dor de cabeça; calafrios; cansaço; e dores musculares.

TRATAMENTO – O período de incubação do Monkeypox é tipicamente de 6 a 16 dias, mas varia de 5 a 21 dias. O período de transmissibilidade ocorre a partir do início dos sintomas até o desaparecimento das crostas (feridas).

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), não existem tratamentos específicos para a infecção pelo Monkeypox, já que os sintomas da doença geralmente desaparecem espontaneamente. O tratamento é sintomático e envolve a prevenção e tratamento de infecções bacterianas sintomáticas. Ainda, de acordo com a OMS, a vacinação contra a varíola demonstrou ajudar a prevenir ou atenuar a varíola causada pelo Monkeypox, com uma eficácia de 85%.

O Ministério da Saúde informou que não há previsão de vacinação no Brasil, mas que está em contato com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para adquirir o imunizante.

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