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Piracicaba já registra aumento de 46% nos incêndios em vegetação durante fase vermelha da operação Corta-Fogo

FOTO: Divulgação/Prefeitura de Piracicaba

O avanço nos registros de queimadas em vegetação neste ano, em Piracicaba, em meio à crise hídrica, requer atenção. De acordo com o Corpo de Bombeiros, neste ano, durante a fase vermelha da operação Corta-Fogo, que ocorre de junho a outubro, meses com menos chuva, já houve aumento de 46% no registro de queimadas. Nesse período em 2020 foram registradas 339 ocorrências. Em 2021, até setembro, já são 495. A Prefeitura, por meio Defesa Civil e Pelotão Ambiental, presta apoio no combate aos incêndios.

A operação Corta-Fogo é o Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do Governo do Estado de São Paulo, que integra diversos órgãos estaduais, com objetivo de, dentre outros, diminuir os focos de incêndio no Estado. Durante a fase vermelha, as ações de combate ao fogo e fiscalização são intensificadas.

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Durante todo o ano de 2021 (janeiro a setembro) já foram registradas 795 ocorrências de fogo em vegetação, enquanto que em todo ano de 2020 (janeiro a dezembro) foram registradas 611 ocorrências. O prefeito Luciano Almeida se encontrou, na última quarta-feira, 15/09, com o comandante do Corpo de Bombeiros, Harley Washington Almeida Ferreira, e manifestou preocupação com o aumento dos incêndios na cidade. O foco de incêndio em vegetação mais recente ocorre na Serra do Monte Branco, desde a noite da última quinta-feira, 16/09, onde a Defesa Civil atua na área dando apoio ao Corpo de Bombeiros.

“Estamos em um momento bastante crítico de estiagem. Consequentemente nossa vegetação fica mais seca e propensa a focos de incêndio. Por isso nossa preocupação, uma vez que sabemos o impacto nocivo que eles têm no nosso ambiente. Pedimos que a população fique alerta e nos ajude a coibir ao máximo esses incêndios. Ao verificar algum foco de incêndio, já acionar os Bombeiros pelo 193”, afirma o prefeito Luciano Almeida.

O diretor da Defesa Civil, Odair Luiz de Melo, pede também a colaboração da população para evitar focos de incêndio e lembra dos impactos à saúde. “Esse ano aumentaram muito as queimadas. Queimadas em áreas verdes, áreas de preservação permanente, áreas particulares, em volta de nascentes, em ecoponto. A população tem que ter uma conscientização maior. No sentido de preservação dessas áreas, tomar mais cuidado com bitucas de cigarros, velas, isso tudo pode agravar”, enfatiza Odair. “Com a Umidade Relativa do Ar baixa, somada à poluição das queimadas, a saúde das pessoas é agravada, aumentando o nível de internações”, complementa.

O Pelotão Ambiental, da Prefeitura, atua na parte administrativa para coibir os incêndios propositais, por meio de notificações e autos de infrações. Neste ano, de janeiro a agosto, o órgão registrou 436 ocorrências, com 23 notificações preliminares e 146 autos de infrações. Geralmente, o Corpo de Bombeiros, quando atende uma ocorrência, entra em contato com o Pelotão Ambiental. A multa para fogo de pequena monta, como em quintal ou em resíduo localizado, é de R$ 460,44. No caso de incêndio de grande proporção, como em terrenos e outras áreas, a multa é de R$ 2,24 por metro quadrado. Quando o munícipe flagrar alguém ateando fogo em alguma área deve ligar para o Pelotão Ambiental pelos telefones (19) 3426-1996 e 3426-4307.

“Estamos em um período muito seco e muitos não têm noção que se colocar um fogo de pequena monta corre o risco de depois se alastrar e se transformar em um incêndio de grandes proporções. O vento está muito forte e muito seco. As pessoas também não têm noção também do gasto de água para combater um incêndio”, avalia o subinspetor José Antonio Mendes de Matos, encarregado do Pelotão Ambiental.

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