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PF prende suspeitos de explorar e comercializar ouro de forma ilegal

Policiais federais estão desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (18) cumprindo mandados judiciais em endereços localizados em cidades de três estados: Amapá, Goiás, Pará e São Paulo. As ações fazem parte da Operação Ouro Perdido, deflagrada pela Polícia Federal (PF) para combater uma organização criminosa instalada no Oiapoque, no Amapá, especializada nos crimes de exploração e comercialização ilegal de ouro extraídos de garimpos clandestinos no Brasil, Suriname e na Guiana Francesa.

As investigações apuraram que vários estabelecimentos comerciais da cidade amapaense seriam destinos de ouro extraído clandestinamente da região fronteiriça entre do Brasil, da Guiana Francesa e do Suriname. Além disso, os estabelecimentos investigados vendiam o ouro extraído ilicitamente “para pessoas físicas e jurídicas, incluindo uma instituição financeira, localizadas em diversas regiões do Brasil”.

“Durante as investigações houve troca de informações entre as autoridades brasileiras e francesas (Gendarmerie e Ministério Público Francês) acerca da possível prática de crimes em território francês. A Cooperação Policial Internacional foi realizada com auxílio dos Oficialatos de Ligação da Polícia Federal na Guiana Francesa e do Centro de Cooperação Policial existente na cidade de Saint-Georges-de-l’Oyapock”, diz a PF em nota.

Os policiais cumprem 20 mandados de prisão temporária e 36 de busca e apreensão em endereços no Oiapoque em Macapá, no Amapá; em Itaituba, no Pará; em Goiânia, capital de Goiás; e em Guarulhos, Jundiaí, Limeira e São Paulo, no estado de São Paulo. A Justiça determinou também o bloqueio de aproximadamente R$ 146 milhões e a suspensão e proibição das atividades comerciais e financeiras dos investigados.

As ações contam com apoio da Receita Federal, do Ministério Público Federal, da Força Aérea Brasileira e do Exército Brasileiro.

Segundo a PF, o nome da operação, Ouro Perdido, é uma referência ao fato de o minério extraído ilegalmente de áreas clandestinas no Brasil, Suriname e na Guiana Francesa, causando perdas financeiras e ambientais para os três países.

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