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PF e procuradoria prendem militares flagrados com 39 kg de cocaína em avião da Fab

A Justiça Militar expediu mandados de busca e apreensão e de prisão no âmbito da investigação sobre um esquema de tráfico de entorpecentes relacionado ao caso do sargento Manoel Silva Rodrigues, que foi preso transportando 39 kg de cocaína em um avião da Força Aérea Brasileira enquanto acompanhava a comitiva do presidente Jair Bolsonaro para o Japão, em 2019.

Segundo a Procuradoria de Justiça Militar em Brasília, foram presos preventivamente na manhã desta quinta, 18, três militares (um tenente-coronel e dois sargentos) e a esposa de Manoel Silva Rodrigues. A Polícia Federal deu apoio às atividades.

Ainda de acordo com o Ministério Público Militar, um ex-soldado da Aeronáutica, cunhado do militar preso na Espanha, também teve a prisão decretada, mas não foi encontrado durante as diligências desta manhã. Durante as atividades, foram apreendidos computadores, celulares e documentos dos militares presos e da atual e da ex-mulher de Manoel Silva Rodrigues.

A Justiça Militar ainda desarquivou o inquérito policial militar sobre o caso, ‘em razão de novas provas surgidas a partir de quebras de sigilo telefônico e telemático’, informou a Procuradoria militar. Segundo o MPM, as informações ‘revelam o provável envolvimento de outros militares da Aeronáutica e civis em esquema de tráfico ilícito de entorpecentes’.

Em janeiro, juiz federal da Justiça Militar Frederico Magno de Melo Veras, titular 2ª Auditoria da 11ª Circunscrição Judiciária Militar (11ª CJM), em Brasília, recebeu a denúncia apresentada contra o segundo-sargento da Força Aérea Brasileira Manoel Silva Rodrigues por tráfico internacional de drogas. Na Espanha, ele foi condenado a seis anos de prisão e ao pagamento de uma multa de 2 milhões de euros.

No mês seguinte, a Polícia Federal deflagrou uma operação, batizada como ‘Quinta Coluna’, para aprofundar as investigações sobre a suposta associação criminosa que usou aeronaves da Força Aérea Brasileira para enviar drogas para a Espanha. A apuração, que corre em paralelo ao inquérito militar, mira ainda a lavagem de ativos obtidos em razão dos crimes.

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