A Polícia Federal confirmou por meio de nota oficial que o grupo de trabalho da Lava-Jato em Curitiba não terá mais dedicação exclusiva à operação. A informação havia sido revelada no início da tarde pelo site da revista Época.
Os agentes e delegados que atuavam em conjunto com os procuradores da República passam a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor). Nos bastidores, a decisão é atribuída ao diretor da PF, Leandro Daiello.
Criada em 2014 para atuar exclusivamente nas investigações da Operação Lava Jato, a força-tarefa da Polícia Federal (PF) do Paraná foi encerrada, isso não significa o fim das investigações. Mas, a partir de agora, os delegados e agentes deixam de atuar apenas na Lava Jato e passam a trabalhar também em outros casos conduzidos pela Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros.
No auge da operação Lava Jato, entre 2015 e 2016, a força-tarefa tinha onze o delegados. No final de maio, o número foi reduzido para seis. Houve diminuição no número de agentes e peritos, além de cortes no orçamento destinado à operação. Em nota, a Superintendência Regional da Polícia Federal no Paraná informou que o efetivo atual está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade.
A íntegra da nota da Polícia Federal
Sobre a nota “PF acaba com grupo de trabalho da Lava Jato em Curitiba”, veiculada no portal da revista Época, a Polícia Federal informa:
1. Tendo em vista que cada delegado do Grupo de Trabalho da Lava Jato possuía cerca de vinte inquéritos cada um, essa equipe, juntamente com o Grupo de Trabalho da Operação Carne Fraca, passou a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (DELECOR);
2. A medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações;
3. Com a nova sistemática de trabalho, nenhum dos delegados atuantes na Lava Jato terá aumento de carga de trabalho, mas, ao contrário, ela será reduzida em função da incorporação de novas autoridades policiais;
4. O número de policiais dedicados a essas investigações chega a 70;
5. A iniciativa da integração coube ao Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado do Paraná, delegado Igor Romário de Paula, coordenador da Operação Lava Jato no estado, e foi corroborada pelo Superintendente Regional, delegado Rosalvo Franco;
6. O modelo é o mesmo adotado nas demais superintendências da PF com resultados altamente satisfatórios, como são exemplos as operações oriundas da Lava Jato deflagradas pelas unidades do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, entre outros;
7. Também foi firmado o apoio de policiais da Superintendência do Espírito Santo, incluindo os delegados Márcio Anselmo e Luciano Flores, ex-integrantes da Operação Lava Jato;
8. O atual efetivo na Superintendência Regional no Paraná está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade;
9. Conforme nota divulgada no dia 21/05/2017, deve-se ressaltar que as investigações decorrentes da Operação Lava Jato não se concentram somente em Curitiba, mas compreendem o Distrito Federal e outros dezesseis estados;
10. Desde o início, a Polícia Federal, de forma republicana e sem partidarismos, trabalha arduamente para o êxito das investigações, garantindo toda a estrutura e logística necessária para o esclarecimento dos crimes investigados.
Divisão de Comunicação Social