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Pesquisador da USP descobre antibiótico que age contra o Parkinson

O inventor Thomas Edison dizia que as mais importantes descobertas acontecem por acidente. Foi o que ocorreu com o pesquisador da USP de Ribeirão Preto, Marcio Lazzarini, quando fazia estágio de pós-doutorado no Max Plank Institute of Experimental Medicini, na Alemanha.

Quem descreve o episódio é a professora Elaine Del Bel, do Departamento de Morfologia, Fisiologia e Patologia Básica da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, também pela USP, de quem Lazzarini foi aluno.

Há quatro anos, quando fazia o estágio, o pesquisador operou 40 camundongos para induzir o Parkinson nos animais, como parte de seus estudos do curso. O pesquisador notou que, ao final de 20 dias de procedimento, nenhum dos camundongos tinha contraído a doença.

Desesperado, ele achou que o fato indicava que seu estudo estava perdido. Mas, depois percebeu que a ração dada aos animais havia sido trocada no pós-operatório por um alimento especial com adição do antibiótico doxiciclina.

O acontecimento serviu para a elaboração de um estudo, publicado em 2013, confirmando a solução encontrada acidentalmente. Além do tratamento por via oral, o grupo de pesquisa incluiu a doxiciclina injetável, confirmando que a droga inibia as lesões neuronais do mal de Parkinson.

A razão pela qual a droga age para impedir o desenvolvimento da doença foi objeto de artigo publicado recentemente na revista Scientific Reports, do grupo Nature, de autoria de um grupo de cientistas de laboratórios de Ribeirão Preto e São Paulo, no Brasil, e da Argentina e França.

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