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#PÉNAESTRADA: Piquete tem história e natureza

Localizada entre as serras da Mantiqueira e do Mar, a pequena cidade de Piquete tem cerca de 14 mil habitantes e está localizada a 217 quilômetros da capital, na Região Noroeste do Estado de São Paulo. Entre as atrações locais está a proximidade com o Pico dos Marins, o segundo maior do Estado de São Paulo, com 2.420 metros.
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O melhor período para visitar o Pico dos Marins é entre maio e setembro. Uma de suas trilhas leva de 7 a 8 horas para ser percorrida, mas a maior delas é a que faz o trecho de Marins-Itaguaré, cujo percurso completo é de três dias, com altitudes médias de 2 mil metros. Vencer tais distâncias é um desafio para poucas pessoas, que terão o privilégio de avistar as belas paisagens naturais do Vale do Paraíba, do sul de Minas Gerais e das serras paulistas da Bocaina, Quebra Cangalha e Serra Fina.

Outras atrações da cidade são as cachoeiras. A Cachoeira da Andorinha, com 30 metros de altura, duas quedas d´água e 1,5 metro de profundidade, foi batizada a partir de uma gruta que serve de abrigo para andorinhas. A Cachoeira Jaracatiá é a maior cachoeira da Serra da Mantiqueira, com mais de 200 metros de altura e mais de uma dezena de cascatas e piscinas naturais.

Piquete também tem atrações históricas, como a Estação Rodrigues Alves, que leva o nome do ex-presidente do Brasil e do Estado de São Paulo (à época chamada de província), paulista de Guaratinguetá, que também deu nome à cidade, até 1906, época em que foi construída a ferrovia. Em 1936, a cidade passou a ser chamada de Piquete, em razão dos “trens piqueteiros” que transportavam funcionários da Fábrica de Armamentos Rodrigues Alves, fundada em 1902, depois substituídos pelos trens de passageiros que percorreram o trajeto de Lorena a Piquete, até 1985.

Hoje, o prédio da Estação Rodrigues Alves, que permaneceu abandonado até 2006, quando foi restaurado, abriga a Secretaria Municipal da Cultura. Outra estação de trens é a Estação Estrela do Norte, antes chamada Venceslau Brás e que estava localizada entre as estações de Piquete e de Limeira, em trecho controlado pelo Exército. Desativada em 1978, o prédio da velha estação foi restaurado e hoje abriga uma pizzaria. Dos tempos passados, há uma locomotiva antiga, que permanece no local para admiração dos visitantes.

O Memorial Rodrigues Alves situado em uma antiga usina hidroelétrica, homenageia o centenário da Fábrica de Armamentos. Aberto à visitação pública, abriga documentos, fotos e relatos da Usina e da Fábrica Rodrigues Alves.

O Monumento Pórtico marca a antiga entrada principal da zona militar. Foi construído em 1959. A Fazenda Santa Lídia, de 1832, possui 80 alqueires e sua sede serve como hospedagem. Reformada em 1999, é uma centenária fazenda dos tempos áureos do café, com água de mina, piscina, lago, bar, restaurante e pesqueiro. A pousada tem capacidade para abrigar 40 pessoas, com algumas suítes e quartos simples, duplos e triplos.

Piquete também é terra do Jongo, uma dança comunitária de origem africana, caracterizada pelo centro da roda, na qual um solista improvisa canções baseadas em situações do cotidiano ou canta acompanhado em coro pelos participantes. O ritmo é marcado por uma combinação de batuque, canto e dança. A tradição é mantida na Vila Eleotério, para onde se expandiu a população afrodescendente do Bairro da Raia.

A cidade abriga ainda modalidades do turismo de aventuras como tirolesa, escaladas no Pico dos Marins e caminhada pela trilha da Travessia Marins-Itaguaré, aberta em 1993.

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