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Peixes mortos: Cetesb informa que mortandade no rio Piracicaba pode ter sido causada por baixa vazão e por algas

Foto: Mateus Medeiros

A Cetesb, por meio de sua Agência Ambiental de Piracicaba, realizou vistoria na tarde desta terça-feira (2), no trecho compreendido entre a entrada do Rio Piracicaba, na área urbana (Ponte da Coopersucar), até o Distrito de Ártemis, onde foi verificada a presença de peixes mortos em todo o trecho percorrido, porém não constatou nenhum lançamento irregular de efluentes que pudesse provocar a situação encontrada.

Para se ter ideia da mortandade de peixes no rio, e conforme publicado em primeira mão pelo Rápido No Ar, no trecho que fica perto da rampa dos Navegantes, com entrada pela avenida Cruzeiro do Sul, no bairro Nova Piracicaba, havia cerca de duas toneladas das mais diversas espécies – uns peixes estavam mortos e outros agonizavam procurando ar, fora da água, na tentativa de sobreviver.

De acordo com a nota de imprensa da Cetesb, que registrou imagens com drones, foi possível inferir que a baixa vazão do Rio, associada às altas temperaturas e concentração de poluentes na água, pode ter ocasionado floração de algas, causando um déficit de oxigênio dissolvido, elemento essencial para a vida aquática, causando a morte de peixes.

O Rápido No Ar também publicou uma reportagem, no sábado (30/12), sobre o surgimento de algas no rio. No caso desta terça-feira, durante a vistoria, a equipe da Cetesb coletou amostras e obteve um perfil de oxigênio, pH e temperatura, cujos resultados corroboram com a hipótese levantada até o momento de que a concentração de poluentes na água, por meio da afloração das algas, pode ter resultado na mortandade.

Amostras também foram encaminhadas para o laboratório da Cetesb em São Paulo, Capital, para análises de clorofila, toxicidade aguda e fitoplâncton. O monitoramento automático mantido pela Companhia, em ponto a jusante da malha urbana de Piracicaba, também mostra registros de variação significativa de oxigênio dissolvido, com valores críticos pela manhã.

A concentração de oxigênio dissolvido mensurado às 14h já mostrava concentrações mínimas para a preservação de vida aquática. A Cetesb informou, ainda, que  continuará investigando as hipóteses e tão logo obtenha os resultados das análises, encaminhará mais informações.

Nesta quarta-feira (3), de acordo com a Defesa Civil, alguns peixes continuam rodando pelo rio, mas são os que surgiram mortos na terça de manhã.

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