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Paulista de 32 anos é o segundo caso confirmado de coronavírus no Brasil

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo notificou o Ministério da Saúde mais um caso importado, confirmado, de coronavírus (COVID-19). O paciente, um homem de 32 anos, reside em São Paulo e foi atendido no Hospital Israelita Albert Einstein no dia 28 de fevereiro. Ele chegou em São Paulo dia 27, de voo procedente de Milão (Itália), na região da Lombardia (norte do país), quando também iniciou os sintomas.

No atendimento, foram relatados febre, tosse, dor de garganta, mialgia (dor muscular) e cefaléia (dor de cabeça). Recebeu a orientação de isolamento domiciliar, uma vez que o quadro clínico é leve e estável. O hospital adotou todas as medidas preventivas para transmissão por gotículas.

Segundo relato, o paciente utilizou máscara durante toda a viagem de retorno ao Brasil, acompanhado da esposa, seu único contato domiciliar, que está assintomática. Ambos estão em isolamento domiciliar e monitoramento diário pela Secretaria Municipal de Saúde São Paulo.

A investigação de contatos próximos durante o voo e outros locais está em curso por meio das secretarias estadual e municipal, em conjunto com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Apesar da nova confirmação, não há mudança da situação nacional, pois não existem evidências de circulação sustentada do vírus em território brasileiro. O paciente esteve na Itália. O ministério considerou como final o teste realizado pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), o exame específico para SARS-CoV2 (RT-PCR, pelo protocolo Charité), conforme preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Foi orientado ao HIAE que encaminhe uma alíquota da amostra ao Instituto Adolfo Lutz para monitoramento genético do vírus.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA LABORATORIAL
Todos os laboratórios públicos ou privados que identificarem casos confirmados pela primeira vez, adotando o exame específico para SARS-CoV2 (RT-PCR, pelo protocolo Charité), devem passar por validação de um dos três laboratórios de referência nacional, são eles: Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ), Instituto Evandro Chagas da Secretaria de Vigilância em Saúde (IEC/SVS) no Estado do Pará e Instituto Adolfo Lutz da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Após a validação da qualidade, o laboratório passará a ser considerado parte da Rede Nacional de Alerta e Resposta às Emergências em Saúde Pública, para investigação do Coronavírus. Deste modo, o Laboratório do Hospital Israelita Albert Einstein, cumpre as exigências e seus resultados serão considerados finais para encerramento dos casos em investigação. No entanto, deverá encaminhar alíquota da amostra para o biobanco nacional de investigação do coronavírus.

CORONAVÍRUS NO MUNDO
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), foram confirmados 85.403 casos em todo o mundo. Destes, 2% (1.753) são casos novos. Atualmente, o coronavírus está confirmado em 54 países. Foram registrados 2.924 óbitos, representando uma letalidade global de 3,4%.

A China representa 93% (75.394) dos casos confirmados e 97% (2.838) do total de óbitos no mundo, representando uma letalidade de 3,6%.

Fora da China, temos 7% (6.009), sendo que, nas últimas 24 horas, foram mais 22% (1.318) de casos novos em 53 países, com 86 óbitos, representando uma letalidade de 1,4%.

No continente Americano, são quatro países com casos confirmados, sendo eles: Estados Unidos da América: 62 casos, sendo 3 novos; Canadá: 14, sendo 3 novos; México: 2 casos e Brasil: 2 casos, sendo 1 novo.

CORONAVÍRUS NO BRASIL
No Brasil são dois casos confirmados, com local de infecção na Itália, ambos brasileiros, residentes no Estado de São Paulo. Os casos não possuem vínculo entre si e foram identificados em unidade de saúde privada.

Até 28 de fevereiro de 2020, são 182 casos suspeitos e 71 casos descartados em todo o Brasil. Neste domingo (1º/3) será atualizada a base de dados com informações repassadas pelo Estado de São Paulo e, na segunda-feira (2/3) serão atualizados os dados de todo o Brasil às 16h.

Todas ações e medidas seguidas estão de acordo com os protocolos do Ministério da Saúde e da OMS.

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