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Paciente conveniada pelo Hapvida, precisando de cirurgia, permanece à espera de autorização

Foto: Rápido No Ar

Uma família, de Limeira (SP), procurou a reportagem do Rápido no Ar nesta sexta-feira (17), para relatar que está vivendo um impasse, no mínimo desesperador, diante de uma familiar que está internada pelo convênio do Hospital Hapvida, com um quadro considerado grave, e que envolve anemia, necessidade de cirurgia para retirada de mioma, e necessidade de um procedimento para que sua outra doença, que é trombose, não afete os pulmões.

O mais desesperador, segundo a sobrinha da paciente, Caroline Nascimento, é que desde que sua tia Silvana Maria dos Santos Nascimento, de 48 anos, deu entrada no hospital em Limeira, que foi na terça-feira (14), somente na noite desta quinta-feira (16), a família foi informada de que haveria necessidade de transferência de Silvana para Araraquara, onde ela permanece internada desde a madrugada desta sexta-feira (17), e, de acordo com Caroline, sem nenhuma medicação, sendo que a família foi surpreendida com a alegação do hospital de Araraquara de que lá também não é feito esse procedimento e é preciso transferir a paciente para Ribeirão Preto.

“Quando deu entrada, ela apresentava anemia severa, com sintomas como cansaço, tontura e dificuldade para se manter em pé. Ela estava tomando medicação para tratar uma trombose na perna, mas também tinha um problema no útero – mioma -, e o medicamento para trombose causou hemorragia”, explicou Caroline.

“Minha tia perdeu muito sangue e, ao chegar ao hospital, estava anêmica. Ela recebeu duas bolsas de sangue, antibióticos intravenosos e foi submetida a diversos exames. Após os exames, foi decidido que ela precisaria de uma cirurgia para tratar a trombose, com a colocação de um filtro na virilha, para evitar que a trombose atingisse o pulmão”, acrescentou.

Ainda de acordo com a sobrinha, Silvana precisa fazer uma cirurgia para a remoção do útero, devido à hemorragia e à anemia. “Ontem (quinta-feira), fomos informados de que a Hapvida não realiza esse procedimento”. Houve, segundo Caroline, uma demora na avaliação, com a paciente sendo encaminhada entre diferentes médicos, como ginecologistas, vascular e clínico geral de plantão.

A transferência para Araraquara ocorreu perto da meia-noite desta quinta-feira. “Ela teve que esperar o dia inteiro por uma autorização, sem medicação. Estava pálida e confusa, muito cansada, sem condições de tomar banho. Ao chegar em Araraquara, o médico informou que a aguardava desde as três horas da tarde. Em seguida, comunicaram que não realizariam o procedimento lá e que ela seria transferida para Ribeirão Preto para fazê-lo, mas seria necessária uma nova autorização”, declarou.

“Percebemos que, para todos os procedimentos na Hapvida, são necessárias autorizações e essas podem demorar a ser concedidas, necessitando acompanhamento constante. Caso contrário, a atenção parece ser negligenciada. Resumindo: ela está em Araraquara aguardando, com a filha mais velha, pois meu tio está aqui cuidando de sua filha com necessidades especiais. O médico mencionou que o procedimento envolve risco de vida e ela está sem medicação, sob risco, pois a trombose pode atingir o pulmão a qualquer momento.”

Nesta tarde, familiares de Silvana estão na frente do hospital, em Limeira, para tentar falar com algum responsável que possa autorizar logo a transferência da mulher para Ribeirão Preto.

A reportagem fez contato com a assessoria de imprensa do hospital e aguarda uma posição.

 

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