O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Polícia Federal de Campinas deflagraram, na manhã desta quarta-feira (17), a Operação No Rest, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa voltada à prática de roubos violentos de cargas e caminhões no Estado de São Paulo.
A ação conta com a participação de 120 agentes, sendo 60 policiais federais e 60 policiais militares rodoviários do Estado de São Paulo, que estão cumprindo 17 mandados de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara de Garantias da Comarca de Sorocaba. Também foi determinado o sequestro de bens e valores ligados à organização criminosa, totalizando R$ 18 milhões.
A investigação teve início em janeiro de 2025, após um roubo ocorrido em 29 de novembro de 2024. Conduzida pela Delegacia de Polícia Federal em Campinas, por meio de seu grupo especializado em repressão a roubos de cargas e caminhões, a apuração permitiu a apuração e identificação de uma organização criminal armada e altamente estruturada.
O grupo era liderado por um indivíduo com atuação nas cidades de Guarulhos e Mogi Guaçu, responsável pelo recrutamento dos executores dos crimes. As abordagens aconteciam com frequência enquanto os caminhoneiros descansavam ou ainda em movimento. As vítimas, muitas vezes acompanhadas por familiares, eram mantidas em cativeiro sob grave ameaça.
Além das cargas e dos veículos, os criminosos praticavam extorsão, forçando as vítimas a realizarem transferências bancárias, além de subtraírem dinheiro, celulares, documentos e objetos pessoais.
Entre novembro de 2024 e junho de 2025, foram identificados 26 roubos e um furto atribuídos à associação criminosa, em diversas cidades dos Estados de São Paulo (como Araras, Boituva, Jundiaí, Sorocaba, São Paulo, entre outras) e Minas Gerais (Extrema). Parte dos veículos roubados era levada a um galpão em Mogi Guaçu, onde eram desmanchados.
Os investigados, muitos com antecedentes por roubo e tráfico de drogas, responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de associação criminosa armada, roubo e furto, cujas penas somadas podem ultrapassar 40 anos de reclusão.
O nome da operação – No Rest (“sem descanso”, em tradução literal) – faz referência à prática dos crimes durante os momentos de repouso dos motoristas.

