A medida recém-anunciada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), em ofício encaminhado ao Ministério de Minas e Energia, para reduzir a barreira de entrada no mercado livre de 3 para 2 megawatts (MW) de demanda permitirá, segundo a agência, o acesso de 1.197 empresas novas empresas. Além da redução de demanda, acaba a obrigatoriedade da contratação, apenas e tão somente de fontes incentivadas (usinas eólicas, solares, de biomassa e pequenas hidrelétricas). É uma medida muito positiva e tem indicativo importante de que a portabilidade de energia para todos os consumidores está a caminho. “Essa decisão do governo é um avanço para que todos os consumidores no futuro possam ter acesso à portabilidade de energia e liberdade para comprar, assim como aconteceu em outros setores, como telefonia”, revela Antonio Bento, CEO do Grupo IBS Energy, que atua em gestão de energia com a IBS Energy e comercialização com a Gama Energia, entre outras atividades no setor.
Para Bento, a recomendação da Aneel referenda o mercado livre de energia como uma opção viável e atrativa, e mais importante, muito confiável. É bom também para o mercado como um todo, pois amplia disponibilidade de compra. Como estas empresas que atingem o consumo de 2 megawatts (MW) não precisarão entrar no mercado livre por meio de energia de fontes incentivadas terão mais liberdade de opção e, com isso, melhores condições. Além disso, também possibilita mais flexibilidade e diminui o gargalo na contratação de energia incentivada, já que estas empresas não são mais obrigadas a entrarem no mercado livre apenas por esta modalidade”, explica Bento.
Com mais opções de escolhas que podem oferecer melhores condições para contratação de energia, o CEO do Grupo IBS Energy, recomenda às empresas beneficiadas pela medida procurarem gestoras de energia para auxiliar no processo de migração para o mercado livre, bem como na criação de plano estratégico que seja mais apropriado ao perfil de consumo, além de monitoramento constante de resultados. “Com a gestão especializada, a empresa pode obter melhores resultados em redução de custos e qualidade no fornecimento”, aponta.
Representando o caminho para a portabilidade de energia no futuro quando todos os consumidores poderão escolher livremente de quem querem comprar, a medida é uma conquista para todo o mercado e para a ABRACEEL (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia) que há muitos anos vem defendendo esta pauta.