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Nem sempre é fácil sorrir, mas é um exercício ‘pra lá’ de necessário

Quando sorrir se torna uma tarefa difícil, complexa, que requer esforço, quando precisamos colocar lembretes, do tipo: “Não se esqueça de sorrir hoje”, pode ser um indicativo que as coisas não estão caminhando tão bem assim, que não estamos tão plenos assim, que nosso coração está ‘tristonho’, que nossa alma está ‘sombria’…

Mas por que? O que pode nos levar a ficar assim, com o passar do tempo? Por que ficamos tristes?

A tristeza é uma das emoções mais básicas do ser humano, é aquela sensação que nos obriga a olhar na direção da nossa própria introspecção, em busca de razões e de explicações. É um sentimento que provoca cansaço em nós, pois suga nossas energias.

Quando falamos em tristeza, em estarmos tristes, nos vem logo à mente a depressão. Nos perguntamos: “Será que estou deprimido?”.

Martha Medeiros diz que “Depressão é coisa muito séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem razão aparente – as razões têm essa mania de serem discretas”.

E tem razão: depressão é sério! É amplo, abrangente e complexo. Nos consome. Tristeza é horrível, tem uma causa, nos preocupa e faz chorar, mas vai embora, quando a causa é solucionada.
Além disso, quando estamos ‘simplesmente tristes’, o nosso rendimento, as nossas relações interpessoais podem ser ligeiramente afetadas em um curto período de tempo, enquanto que na depressão estamos com nosso desempenho social, familiar, profissional afetado de forma marcante.

A depressão, diferente da tristeza, não nos traz sintomas físicos, já na depressão somos ‘atropelados’ por dores musculares, dores de cabeça, alterações de sono, sensação de cansaço frequente, dentre outras.

Então, antes de mais nada precisamos aprender a diferenciar a tristeza da depressão. Nenhum é gostoso, todos nos fazem sofrer, mas a tristeza é mais leve, é solucionada com o fim do que a causou, fazendo ‘as pazes’ com aquela pessoa tão importante que brigamos, conseguindo equilibrar os pagamentos do mês e não deixando nada ‘pra trás’, é arrumando o tão almejado emprego, após um período difícil de desemprego…

Já a depressão não! Não há uma única causa para ela, não é uma relação de causa/efeito tão simples, é difícil e nos leva a não achar sentido para a vida. Fazer as pazes, reequilibrar as contas, emprego novo, nada nos tira do estado de tristeza e de apatia generalizados.

Não é um sinal de fraqueza, de preguiça, de desmotivação, mas uma condição séria e que precisa de tratamento. Como diz Augusto Cury: “Nunca despreze as pessoas deprimidas.
A depressão é o último estágio da dor humana.”.

Mas existe luz no fim deste túnel! Existe sol! “Ô sol vem aquece a minha alma, e mantém a minha calma, não esquece que eu existo e me faz ficar tranquilo …” Sim, existe sol e tranquilidade! Existe luz!

O primeiro passo para ‘vencermos’ a depressão é aceitarmos que estamos depressivos, que estamos sofrendo muito e que sozinhos não iremos conseguir ‘dar conta’ dela. Em seguida, precisamos buscar ajuda especializada. Marcar consulta com um Psiquiatra, pois ele certamente ajudará a enfrentar os sintomas tão doloridos da depressão. Buscar a ajuda de um Psicólogo, é fundamental, pois, à medida que nos conhecemos melhor, descobrimos as causas e os fatores que nos levaram à esta condição e aprendemos a agir de outra forma, adotar novos comportamentos, analisar as coisas sob outra ótica. A Psicoterapia é libertadora! Experimente!

Apesar de tudo isso, não podemos esquecer da sabedoria das avós: “Saco vazio não para em pé”, pois está fraco, está mole, não está firme. Então, cuidarmos do corpo é importante! Vamos estar atento à nossa alimentação, vamos evitar as ‘junk food’, vamos aderir a frutas, verduras, legumes, muita água.

Não vamos nos esquecer que o exercício físico nos ajuda a liberarmos a endorfina e que ela é produzida durante e depois da atividade física e regula as nossas emoções. Ela é considerada um analgésico natural e ajuda na redução do estresse e ansiedade, aliviando as nossas tensões.

A depressão é cruel, dura, ruim, mas é absolutamente ‘derrotável’. Sim, podemos derrotar a depressão, podemos vencer, podemos passar por esta fase e sair dela fortalecidos. Apenas o início do enfrentamento é mais difícil, depois tudo vai ficando mais fácil e mais prazeroso.

Encerro com o trecho de uma canção ‘motivacional’ de Cazuza: “Mas se você achar que eu tô derrotado, saiba que ainda estão rolando os dados, porque o tempo, o tempo não para …”

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