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Negócios caseiros e franquias frutificam na adversidade

A economia brasileira sentiu em cheio o impacto da pandemia. O Produto Interno Bruto (PIB) teve um tombo histórico de 9,7% no segundo trimestre deste ano e colocou o País oficialmente em recessão. Com a taxa de desemprego alta e os preços dos alimentos, produtos e serviços subindo dia após dia, o trabalhador muitas vezes parte para soluções inesperadas diante das adversidades. “Geralmente não pensamos no que fazer para sair de uma crise até nós estarmos passando por ela. É o caso de pessoas que perderam os seus empregos por conta da pandemia ou que tiveram problemas financeiros em seus negócios”, avalia a psicoterapeuta Sabrina Amaral.

O primeiro passo para quem quer abrir o próprio negócio é traçar algumas estratégias, como listar as coisas que costuma fazer bem ou que é sempre fruto de elogios dos outros. “Pense nas coisas que ama fazer e trazem realização. Depois disso, avalie o cenário atual de novas demandas que surgiram com a pandemia e, por fim, trace uma estratégia de combinar esses pontos por meio de planejamento”, orienta Sabrina.

Depois de perder o emprego em maio devido à pandemia, a representante comercial Sandra Maia, 38, não sabia o que fazer para pagar as despesas da casa. Para piorar a situação, o marido, gerente de restaurante, foi infectado pela covid-19 e ficou vários dias internado. “Me vi sem saber o que fazer. Foi quando tive a ideia de começar a produzir bolos para tentar manter as contas em dia até que a empresa voltasse a funcionar normalmente”, diz Sandra. “Tive que me reinventar por causa da pandemia e acabei descobrindo uma nova vocação”, comenta a empreendedora, que já tem uma renda três vezes maior do que o salário anterior.

Recuperado, o marido de Sandra também perdeu o emprego por causa da crise financeira enfrentada pelo setor de bares e restaurantes, que tiveram o horário de funcionamento reduzido, e resolveu ajudar a mulher nessa nova empreitada.

“Estamos abrindo um espaço para a produção porque o nosso apartamento de 45 metros quadrados ficou pequeno para tantos pedidos”, comenta Sandra, que já chegou a produzir 60 bolos em um dia. A divulgação é boca a boca e as redes sociais foram as grandes aliadas da empreendedora. “É um momento muito difícil e também estamos muito consternados com todo o impacto da doença, mas conseguimos encontrar uma nova oportunidade neste cenário caótico e estamos abraçando a oportunidade”, destaca Sandra. “Eu e minha família decidimos que, mesmo quando tudo isso passar, vamos nos dedicar a essa nova função”, diz a boleira.

Ter um olhar generoso para os erros do passado e torná-los aprendizados vai manter seu nível de engajamento alto e trazer os ingredientes de que você precisa para se reinventar.

Quem também seguiu o caminho da reinvenção foi a turismóloga Cassiane Santi Rodrigues, 38, moradora do Guarujá, litoral paulista. Com a área do turismo muito afetada com a pandemia, Cassiane resolveu investir na venda de marmitas congeladas para gerar renda, mas o negócio teve um resultado bem acima do esperado. Por isso, a empreendedora já decidiu que vai se dedicar à nova empresa e não volta mais para a antiga profissão

“Vou me dedicar exclusivamente às marmitas.” Cassiane optou pelo processo de franchising, por ser um negócio já validado e ter o apoio da franquia por trás, e adquiriu uma franquia da marca Mr Fit, focada em alimentação saudável.

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