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Nasce uma mãe: Fases difíceis de uma gestação

A gravidez virou a minha vida de cabeça para baixo. No primeiro mês os sintomas foram bem tranquilos, sentia bastante sono e alguns enjoos, era algo bem sutil.

No final do primeiro mês, começaram os vômitos e uma indisposição horrível, eu não sentia vontade de fazer nada, sentia muito enjoo e tudo que comia vomitava. Era como se eu estivesse doente e quanto mais passavam-se os dias piorava.

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A minha autoestima estava lá embaixo, não conseguia mais me arrumar como antes, só queria ficar deitada.

Também não tinha ânimo para trabalhar, era como se existisse um bloqueio. Eu sempre fui muito ativa, e quando eu me vi impossibilitada de fazer coisas que eu fazia antes, aquilo mexeu muito comigo, e eu não sabia lidar com aquela situação.

As pessoas começaram a notar que eu não era mais a mesma e foi daí em diante que começaram os questionamentos.

Eu não queria falar com ninguém, porque eu sentia como se as pessoas não me entendessem, só que isso é um fato, ninguém iria me entender completamente, porque você só entende aquilo que você passa na pele. Só que eu não entendia isso, queria ser compreendida.

Gostaria de deixar claro, que eu não sinto nada por essas pessoas, no fundo eu sei que elas só queriam ajudar. E talvez poderia ser eu no lugar delas. Então menos julgamentos…

Continuando

Eu não conseguia nem ir a obstetra, não tinha noção nenhuma de como estava prosseguindo a gestação, eu vomitava o dia todo, não conseguia nem beber água.

A situação foi cada vez mais se agravando, até que meus pais me levaram ao pronto atendimento, e lá eles me passaram remédio e um soro na veia, e o médico de plantão disse que eu tinha hiperêmese gravídica, só que não fazia noção do que era isso.

Hoje eu sei que a hiperêmese gravídica é quando os sintomas que geralmente são comuns na gravidez como náuseas e enjoos, entram num estado extremo e intenso que podem causar a desnutrição e desidratação, em alguns casos desmaios ou até mesmo vomitar sangue (foi nesse nível que eu cheguei).

Depois que o medicamento fez efeito eu tive uma vontade enorme de comer, naquele dia eu lembro de ter comido o melhor strogonoff da minha vida e não vomitei, cheguei a chorar.

Uma das coisas que eu soube valorizar foi a comida, o sentido de comer! Existem pessoas que são impossibilitadas de se alimentar e muitas vezes recebem o alimento por sonda, isso me fez valorizar muito o alimento, porque naquele momento eu não conseguia comer, mas sabia que um dia iria voltar.

Mesmo nesta situação, não perdi a esperança e tive fé que isso tudo iria passar e que logo ficaria bem e poderia comer a vontade, sem medo de nada e que os momentos bons iriam vir. Além disso, o que também irá vir é o próximo capítulo! Então fiquem ligados.

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