Seguindo os muitos eventos da minha gravidez, desta vez vou contar sobre minha volta para casa. Desde o começo eu já estava muito insegura, não me sentia preparada, pois sabia que não teria como voltar a fazer os afazeres domésticos, como limpar ou fazer comida, e no fim, só daria mais trabalho para o meu marido, mas não tinha como anular essa volta, eu precisava retornar.
Ao chegar, o cheiro de tudo ainda trazia um incômodo, o que ajudava no meu ciclo de comer e vomitar. Além disso, tudo me irritava e esse sentimento nunca passava, isso atrapalhou muito (o João que o diga), tudo que eu olhava e não estava do jeito que eu gostava me irritava muito.
Na mesma noite quando fomos dormir, o João passou um desodorante, que na mesma hora em que ele se deitou, espontaneamente eu me levantei e vomitei, mas dessa vez o vômito era diferente das outras vezes, era sangue de cor bem viva, ele insistiu que iríamos ao médico, no entanto, por conta de toda a situação ser muito desgastante eu não queria ir. Mesmo assim, no dia seguinte, sem dormir e sem forças, a única opção foi ir ao médico. Liguei para minha mãe e fomos juntas.
Eu estava tão mal, que vomitei por diversas vezes, o hospital era público e neste dia estava lotado de grávidas e mamães que tiveram bebê. As circunstâncias eram tão desconfortantes e confusas, que quando passei pela ala que tinha os bebês, a última coisa que eu queria era ficar ali.
Durante a consulta ficou decidido que iria ocorrer a internação, mas quando a médica me deu a notícia acho que ela disse por diversas vezes para ter uma resposta minha, porque na hora fiquei paralisada, só depois fiz um sinal com a cabeça concordando, dentro de mim só queria voltar para casa e ficar isolada de todo mundo. Mas era preciso ficar.
Foi então que o hospital acabou virando um hotel para mim, mas isso já é uma outra história! Quer saber mais? Então não perca a sequência dessa jornada de quando “Nasce uma mãe”!