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Municípios brasileiros discutem proibição do uso de canudos plásticos

Diversas cidades brasileiras debatem a permissão ou proibição do fornecimento de canudos plásticos em estabelecimentos comerciais, com o objetivo de diminuir o impacto dos produtos sobre o meio ambiente. Em São Paulo, segue em discussão, na Câmara Municipal, a iniciativa que proíbe a distribuição dos itens.

O Projeto de Lei 99/2018, analisado em primeira votação, deve seguir para segunda votação neste mês. Caso aprovado, ainda deverá passar pela sanção ou veto do prefeito da capital, Bruno Covas.

Vale destacar que o texto acompanha um movimento observado em outros municípios, como no Rio de Janeiro, primeira capital brasileira a proibir o fornecimento de canudos plásticos.

Impactos
Para entender os efeitos do projeto, o professor Pedro Luiz Côrtes, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE), explicou os desdobramentos da aprovação do texto.

“A substituição de descartáveis plásticos por similares biodegradáveis é fundamental, mas sempre deve ser acompanhada por campanhas educacionais, a fim de orientar a população sobre a importância dessas medidas”, comenta.

De acordo com o docente, a medida possui um caráter apenas simbólico, maior que o efetivo, sendo necessária a implementação de outras ações para que a gestão de resíduos tenha melhorias.


“As sacolas plásticas possuem um impacto ambiental superior ao dos canudos e ambos poderiam ser substituídos por semelhantes produzidos a partir do papel, reduzindo o dano ambiental. No entanto, sem o trabalho educacional adequado, medidas como essas podem gerar desentendimento entre população e poder público”, acrescenta.

“São Paulo está seguindo uma tendência adotada em outros lugares e agora isso também tramita aqui. Seria interessante que a lei fosse aprovada, mas levando a uma substituição maior dos descartáveis, como copos, sacolas, por seus similares de papel. Sabemos que o plástico demora muito tempo para se degradar e de todos os transtornos que isso acarreta. Apesar do meu apoio, o problema do lixo em São Paulo é muito maior do que pretende atacar essa lei”, salienta.

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