A mulher de 32 anos, suspeita de ter envolvimento na morte do técnico de refrigeração Tiago Alessandro Camillo, de 40, conhecido como Tiago Cebola, foi presa nesta quinta-feira (7), no Bairro Ernesto Kühl, em Limeira (SP).
Segundo a Polícia Militar (PM), a mulher estava sendo procurada pela Justiça com mandado de prisão temporária.
Diante da situação, os policiais foram até o endereço no Ernesto Kühl e deram voz de prisão. Em seguida ela foi conduzida até a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira, onde está a disposição da Justiça. Para ele a prisão é descabida, porque não preenche nenhum requisito para a prisão temporária.
De acordo com o advogado dela, Dr. Donizete Oliveira, o Ministério Público pediu a prisão, que foi acatada pela Justiça. Nesta sexta-feira ela deve passar por audiência de custódia.
Ela já havia sido detida na madrugada de terça-feira (6) e foi considerada testemunha ocular do assassinato de Tiago.
Ela ainda teria negado um relacionamento amoroso com o técnico de refrigeração, mas alegou que o conhecia.
Tiago teria sido morto pelo companheiro dela na madrugada do último sábado (2), como foi mostrado aqui no Rápido no Ar.
No primeiro depoimento a mulher alegou que na noite do crime o Cebola, estava junto de outras pessoas em um outro bar, em frente ao estabelecimento de seu companheiro, o autor do crime, qual já estava fechado. Ela relatou que seu companheiro chamou Cebola junto dela para dentro do seu bar e fechou a porta repentinamente e iniciou uma discussão com a vítima, após acusá-lo de ter se relacionado com sua companheira.
O autor do crime apontou a arma de fogo em direção a vítima Tiago, que tentou correr, mas foi atingido por um disparo na região do peito. Ela acreditava que também seria morta por seu companheiro. Mas que uma pessoa havia batido na porta do bar após ouvir o barulho, então o autor disse que estava tudo bem.
Ela também contou que as pessoas que estavam no outro bar, foram embora após os barulhos.
No local, ficaram apenas a mulher, o autor do crime e seu irmão. Eles até tentaram convencer o homem a se entregar e chamar o socorro médico para a vítima. Mas ele negou e exigiu que ela entregasse seu carro, um Fiat Pálio, para ele fugir.
O autor então foi até a casa da mulher que fica ao lado do bar e pegou o carro dela. Ele também pegou o filho, de 11 anos, de sua companheira como refém para que ela não acionasse a polícia. O homem levou o garoto no carro e foram até um posto de combustíveis buscar etanol.
Quando voltou para o bar, ele ainda estacionou o carro da vítima de ré na entrada do bar. Um usuário de drogas, de 37 anos, que passava pela rua foi parado pelo autor do crime, que ofereceu R$ 50 para que ele ajudasse a colocar um corpo no carro. O rapaz então, notou que o corpo estava no chão, coberto por um lençol com as botas para fora.
O dono do bar e o usuário pegaram o corpo da vítima e colocaram no porta-malas do Honda Civic, que pertencia a Tiago. Ainda de acordo com o relato o corpo não coube dentro porta-malas e os pés da vítima ficaram para fora.
Ele então pegou o carro Tiago e saiu. A mulher disse que ficou em frente ao bar, junto do rapaz que ajudou a colocar o corpo no porta-malas, até que alguns minutos depois, recebeu uma ligação para que ela ir com seu Fiat Pálio até o Ecoponto do Lagoa Nova. Ela foi junto do rapaz. Chegando lá, ela o questionou onde estaria Tiago Cebola. O homem então respondeu “já era, tá queimando”.
No caminho eles deixaram o rapaz no bairro Ernesto Kuhl. Na sequência, a mulher levou o companheiro e autor do crime até uma casa no Jardim Jequitibás, onde ele possui um imóvel.
Após o crime, ela disse que recebeu mensagens do seu companheiro e que ele a ameaçava e ao mesmo tempo a chamava para fugir junto com ele.
Ela também disse que o irmão do autor do crime, que esteve no local no dia, seguiu a vida normal, abrindo normalmente o bar, inclusive a chamando para trabalhar lá. Mas ela disse que não conseguia mais entrar no estabelecimento depois do crime.
O autor do crime está foragido e também teve a prisão temporária decretada.