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Mulher de Iracemápolis perde movimentos, visão e fala após cirurgia plástica em Limeira; Polícia Civil investiga

Foto: Reprodução

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias das cirurgias plásticas realizadas por uma balconista, de 35 anos, moradora de Iracemápolis (SP), que resultaram em sequelas neurológicas graves. O procedimento ocorreu em uma clínica de Limeira (SP), que, segundo a prefeitura, não possui licença para funcionamento.

Eliete Aquino foi internada por volta das 6h30 do dia 14 de novembro no Hospital da Plástica, em Limeira, para realizar uma abdominoplastia e lipoaspiração na coxa. De acordo com registros da própria clínica, divulgados pela EPTV, a anestesia foi aplicada às 7h30 e a cirurgia transcorreu normalmente até 12h15, quando a paciente sofreu uma parada cardíaca.

Segundo o documento, os batimentos cardíacos foram retomados após cerca de cinco minutos. O procedimento foi concluído às 13h30 e, às 14h, uma UTI móvel foi acionada para a transferência da paciente a um hospital particular.

Em depoimentos prestados à Polícia Civil, familiares relataram divergências entre as informações repassadas verbalmente pela equipe médica e os registros da clínica, incluindo o número de paradas cardíacas sofridas pela paciente e as condições da transferência hospitalar.

A polícia informou que os profissionais envolvidos no atendimento serão ouvidos nos próximos dias como parte da investigação, que busca esclarecer se houve falha, negligência ou irregularidade durante o procedimento.

Após a cirurgia, a mulher permaneceu internada em estado grave. Ela passou por cirurgia cerebral, apresentou complicações pulmonares e ficou hospitalizada até 17 de dezembro. Segundo relatório médico, o quadro é considerado grave, com baixa probabilidade de reversão a curto e médio prazo.

Atualmente, ela não fala, não se movimenta, não enxerga e apresenta espasmos neurológicos, sendo cuidada em casa.

A Prefeitura de Limeira informou que o Hospital da Plástica não possui certificado de licenciamento integrado para funcionamento. Uma vistoria da Secretaria de Fazenda foi anunciada, e a empresa deve ser notificada. Já a Secretaria de Saúde afirmou que a clínica possui licença sanitária para procedimentos cirúrgicos.

A equipe do Rápido no Ar tentou contato com a clínica e aguarda um posicionamento. O espaço está aberto.

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