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Motoristas da Uber e 99 de Limeira aderem a paralisação por melhorias no trabalho

Motoristas de Limeira (SP) de aplicativos como da Uber e da 99 aderiram nesta quarta-feira (8) a uma paralisação que tem sido mobilizada em todo o Brasil e deve durar 24 horas. Eles tem em pauta reivindicações como melhorias na remuneração dos profissionais e mais segurança.

O motorista limeirense Cássio Oliveira, um dos representantes dos profissionais na cidade, afirma que a greve é de grande importância para o grupo, que tem se mobilizado pelas redes sociais e buscar levar a pauta até as empresas que mediam o serviço. “É para nos ajudar a melhorar nosso ganho e a segurança no trabalho”, destaca. Ele aponta que as taxas não são reajustadas há cinco anos.

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Em cidades onde há escritórios das empresas, como Campinas (SP) e São Paulo (SP) as mobilizações tem sido maiores, com carreatas e protestos locais. Já em cidades como Limeira, os motoristas tem apenas desligado o aplicativo por 24 horas, entre a meia noite de quarta e a meia noite de quinta-feira (9), para protestar e sensibilizar os administradores dos apps.

DIVISÃO NA GREVE
Apesar da mobilização, alguns motoristas têm optado por não aderir à paralisação e continuam em atividade no app, o que tem gerado divisão entre os colegas. Um motorista da 99 relatou ao Rápido no Ar que profissionais estariam sendo hostilizados por continuar oferecendo o serviço. Ele afirma que os envolvidos na mobilização estariam entrando nos aplicativos, chamando corridas como se fossem passageiros e hostilizando os colegas.

“Um outro motorista me contou que foi xingado de maneira agressiva por uma pessoa que chamou uma corrida. Eu também fui abordado, mas apenas me disseram que eu não deveria trabalhar no dia de hoje, que eu deveria estar em greve contra as empresas”, relatou.

Oliveira disse ter tido relatos de motoristas que estariam de fato sendo chamados por grevistas, mas considera serem casos pontuais e apenas como forma de mobilização e não com xingamentos.

O motorista ofendido lamenta a postura agressiva. “A greve não deve ser forçada. Eu estou trabalhando, pois dependo disso para pagar minhas contas. Hoje estamos com medo de chegar no local chamado e ser um falso cliente querendo nos agredir, por exemplo”, disse.

O motorista avalia que, em sua opinião, o grande problema atualmente entre os motoristas é que alguns profissionais tem conquistado clientes “fora” do aplicativo, o que leva as empresas a não “aliviar” a cobrança de taxa, pois a demanda não aumenta como é esperado.

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