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Motorista que atropelou e matou ciclistas na Bandeirantes é condenado a 4 anos de prisão em Limeira

A Justiça condenou na tarde desta quinta-feira (31) a quatro anos, três meses e 25 dias de prisão em regime semiaberto, o jovem Hyoran Gabriel Alves de Oliveira, que atropelou e matou dois ciclistas em julho de 2017 na Rodovia Bandeirantes (SP-348), em Limeira.

Na época ele tinha 19 anos e não possuía carteira de habilitação, além de estar alcoolizado. Ele voltava de uma festa no momento do acidente.

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Hyoran Gabriel Alves de Oliveira teve ferimentos leves no acidente.

Hyoran estava em liberdade desde 14 de março deste ano, quando o STJ (Superior Tribunal de Justiça) concedeu um habeas corpus.

Anteriormente ele respondia por homicídio duplamente qualificado, mas em abril após um recurso proposto pela defesa do réu, o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo decidiu que ele iria responder por homicídio simples. Com isso a condenação cai de 12 a 30 anos para 6 a 20 anos de prisão, porém durante julgamento, a promotoria abriu mão do homicídio doloso e apresentou a mesma tese da defesa, desclassificando do dolo para homicídio culposo, por entender que o réu não tinha intenção de matar, o que foi acatado pelo júri. Com isso a pena ficou mais branda.

Diogo Cia de Faria, de 38 anos, era de Americana, e Márcio Bechis, de 45, morador de Nova Odessa.

Os ciclistas Diogo Cia de Faria, de 38 anos, de Americana, e Márcio Bechis, de 45, de Nova Odessa. Seguiam pelo acostamento da rodovia, na altura do km 146 , quando foram atingidos por um veículo Corsa Wind. Os dois morreram no local.

Diogo era proprietário da Imobiliária De Faria, de Americana, e deixou um filho recém-nascido com apenas 14 dias. Já Márcio, era triatleta e professor de educação física em Nova Odessa. Hyoran sofreu apenas ferimentos leves.

A decisão não agradou os familiares das vítimas. Thiago Cia, primo de Diogo, achou que a pena foi muito branda devido às circunstâncias em que ocorreram o crime, sendo que as vítimas deixaram família, amigos e seu primo um filho recém-nascido de apenas 14 dias. “Foram apenas dois anos de suspensão de carteira, a pena foi reduzida a quatro anos, sendo que ele deixou duas famílias, um filho recém-nascido de 14 dias (…) foi muito difícil ouvir a sentença.”, disse o primo.

Em relação ao desempenho da promotoria, os familiares ficaram decepcionados, para eles a promotora não tinha argumentos. Marcos, irmão de Márcio, achou que o caso foi decepcionante pelo fato de serem dois homicídios e o tempo de quatro anos de prisão semiaberto não justifica, afinal para ele, foram duas famílias destruídas.

Como Hyoran ficou preso por um ano e nove meses, este período deve ser descontado da pena. Após a sentença, ele voltou para a penitenciária onde cumpria pena e caberá a Justiça definir se ele terá progressão devido ao tempo que já ficou preso.

Relembre o caso:

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