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Morte de Preta Gil acende alerta para câncer colorretal, o segundo que mais mata no mundo

Foto: Reprodução/ TV Brasil

Com a repercussão da morte da cantora Preta Gil, vítimas e especialistas voltam a chamar atenção para o câncer colorretal — doença que pode passar anos despercebida e que, quando descoberta tardiamente, tem altos índices de mortalidade. No Brasil, mais de 45 mil novos casos são registrados por ano, segundo o INCA. A boa notícia é que, diagnosticado precocemente, esse tipo de câncer pode ter mais de 90% de chance de cura.

O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, atinge o cólon (intestino grosso) e o reto. Frequentemente, ele evolui de forma assintomática, o que retarda o diagnóstico e dificulta o tratamento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é o terceiro tipo de câncer mais comum no mundo e o segundo que mais mata, com cerca de 1 milhão de óbitos por ano.

De acordo com o Dr. Pedro Moraes, oncologista do Hospital Estadual de Franco da Rocha, unidade gerenciada pelo CEJAM, quando detectado no início, o tumor pode ser tratado com cirurgia simples e sem necessidade de terapias agressivas. A colonoscopia é o principal exame para rastreio e prevenção.

Entre os principais fatores de risco para o câncer colorretal estão sedentarismo, obesidade, consumo excessivo de álcool, tabagismo e histórico familiar. “Mesmo pessoas sem fatores genéticos precisam estar atentas e iniciar os exames a partir dos 50 anos, ou antes, se houver sintomas persistentes”, explica o especialista.

Os sinais mais comuns são sangue nas fezes, mudança no hábito intestinal (diarreia ou constipação persistente), dor abdominal, perda de peso inexplicada e anemia. Dr. Pedro alerta: “Esses sintomas não devem ser ignorados. Se durarem mais de duas semanas, é fundamental buscar atendimento médico.”

Exames e tratamento estão disponíveis pelo SUS

No Brasil, o SUS oferece gratuitamente exames como a colonoscopia e o teste de sangue oculto nas fezes. Em caso de diagnóstico, o tratamento pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e, em casos selecionados, terapias mais avançadas como imunoterapia.

Além da abordagem médica, o tratamento pelo SUS envolve suporte psicológico, nutricional e fisioterapêutico. “Enfrentar um câncer vai além do corpo. É um impacto emocional enorme, e contar com uma equipe multidisciplinar faz toda a diferença para o paciente”, reforça Dr. Pedro.

A morte de Preta Gil, que travou uma batalha pública contra o câncer de intestino, reforça a importância da informação, do diagnóstico precoce e do acesso a exames preventivos. Falar sobre o tema abertamente é parte essencial na luta contra a doença.

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