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Morre aos 83 anos, José Mojica, o Zé do Caixão

Morreu nesta quarta-feira (19), em decorrência de uma broncopneumonia, o paulistano José Mojica Marins. Conhecido pelo personagem Zé do Caixão, o cineasta morreu aos 83 anos.

A morte foi confirmada pela família. Ele estava internado há cerca de 20 dias no hospital Santa Maggiore, desde que contraiu uma infecção que evoluiu para uma pneumonia.

No período, ele chegou a ser entubado e teve os tubos retirados após apresentar melhora, mas sua situação voltou a piorar na terça. “Meu pai estava muito fraco desde o começo do ano”, disse seu filho Crounel Marins, que estava com a família em Orlando, nos EUA, e se preparava para voltar para o velório.

Conhecido pelas unhas gigantescas, Mojica atuou em mais de 50 filmes e recebeu o apelido de Zé do Caixão em 1964, com o filme “À meia-noite levarei sua alma”, que ganhou o apelido de Zé do Caixão.

O velório está previsto para ocorrer no Museu da Imagem e do Som (MIS).

Trajetória
Nascido numa sexta-feira 13, em março de 1936, Mojica embora conhecido principalmente como diretor de cinema de terror, teve trabalhos anteriores cujos gêneros variavam entre faroestes, dramas, aventura, dentre outros, incluindo filmes do gênero pornochanchada, no Brasil, durante aquela época. Mojica desenvolveu um estilo próprio de filmar que, inicialmente desprezado pela crítica nacional, passou a ser reverenciado após seus filmes começarem a ser considerados cult no circuito internacional. Mojica é considerado como um dos inspiradores do movimento marginal no Brasil.

Em todos seus filmes, com exceção de Encarnação do Demônio, José Mojica Marins foi dublado. Na década de 1960, diversos filmes nacionais necessitavam serem dublados, por diversas razões: nitidez de som nas externas e até realçar uma melhor interpretação.

Algumas vezes o próprio ator dublava o seu personagem, mas em outras ocasiões necessitava de um profissional qualificado para um melhor desempenho. Na Odil Fono Brasil, lhe mostraram vários filmes, para que escolhesse um dublador. Mojica ficou particularmente impressionado com a voz usada para dublar o ator italiano Mario Carotenuto: a voz de Laercio Laurelli. Laurelli fez a voz de Zé do Caixão em À Meia-Noite Levarei Sua Alma, Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver e O Estranho Mundo de Zé do Caixão; enquanto O Ritual dos Sádicos, Finis Hominis, Quando os Deuses Adormecem foram dublados por Araken Saldanha, na AIC; já Exorcismo Negro e Delírios de um Anormal tiveram a voz de João Paulo Ramalho, também na AIC.

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