O deputado federal Miguel Lombardi (PL-SP) reagiu com firmeza à decisão do governo federal que cede parte do Horto Florestal de Limeira ao Incra. Em um vídeo postado nas redes sociais, ele rasgou a portaria como forma de protesto e disse que vai lutar para impedir que a área seja usada para ampliar o assentamento rural já existente no local.
A medida, publicada no Diário Oficial da União, autoriza o uso de 603 hectares de um terreno da União, que fica em Limeira, para beneficiar famílias ligadas à reforma agrária, dentro do Programa Imóvel da Gente. Segundo o governo, o espaço será destinado para regularização fundiária e para a ampliação do Assentamento Elizabeth Teixeira.
Lombardi afirma que essa área já foi prometida à Prefeitura de Limeira em 2019, por meio de um acordo, e que é usada para fins públicos, como o aterro sanitário da cidade, que está em expansão.
“Essa decisão do governo Lula é arbitrária e desrespeita o acordo que já existia com Limeira”, disse o deputado, que também declarou que já está se articulando com o prefeito Murilo Félix e os vereadores da cidade. Ele pretende acionar o Tribunal de Contas da União, denunciar o caso em comissões da Câmara dos Deputados e buscar apoio do governador Tarcísio de Freitas.
O parlamentar afirma que vai defender o Horto e que “essa terra é do povo de Limeira”. Ele também quer evitar que o espaço seja usado de forma irregular ou sem condições para agricultura.
Segundo a Prefeitura de Limeira, parte do terreno não é adequada para cultivo e será usada para a nova etapa do aterro sanitário, considerada essencial para o descarte correto do lixo da cidade.

