O mercado imobiliário no Rio comercializou 4.572 unidades no segundo trimestre de 2021, um aumento de 34% sobre o mesmo intervalo do ano passado (3.403 unidades) e uma diferença de -4% sobre as 4.751 unidades vendidas nos três primeiros meses deste ano. O VGV (Valor Geral de Vendas) alcançado no período foi de R$ 2,618 bilhões, mantendo o mesmo ritmo positivo registrado no primeiro trimestre (R$ 2,648 bilhões).
Os números foram apresentados esta semana pela Ademi-RJ (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário), CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e Brain Inteligência Estratégica. Segundo a Ademi-RJ, o levantamento levou em conta os dados enviados pelas empresas do setor que são associadas à entidade.
‘A cidade do Rio de Janeiro apresentou, no encerramento de junho, o recorde de lançamentos e de vendas no acumulado em 12 meses desde o último ciclo de boom do mercado imobiliário, encerrado em 2013/14’, afirma Fábio Tadeu Araújo, sócio-diretor da Brain Inteligência Estratégica, se referindo às 17 355 unidades lançadas e 21.530 vendidas no período
Para o presidente da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), Luiz França, os dados reforçam o bom desempenho do mercado imobiliário carioca, que está em um processo de retomada e com boas perspectivas para o segundo semestre. ‘Os segmentos de alto padrão, luxo e super luxo também chamam a atenção pelos resultados, já que demonstraram serem produtos atrativos para compradores e investidores, que veem maior interesse neles em relação às aplicações financeiras tradicionais’, destaca França.
De acordo com o diretor da loteadora Pró Lotes, Marcelo Fróes, os números positivos também podem ser verificados no segmento de terrenos nas regiões em que a empresa atua: Vargem Pequena, Itaboraí, Maricá e São Pedro da Aldeia. ‘O mercado está reagindo tanto na compra de unidade pronta, em lançamento e em construção quanto no setor de lotes. Registramos um aumento de 300% nas vendas nos últimos 12 meses. O resultado reflete no nosso estoque que está pequeno e já estamos planejando mais dois lançamentos este ano, seguindo o mesmo conceito de condomínio-clube com segurança para construir a casa própria’, analisa Fróes.
Aumento de 26% nas negociações residenciais em julho
Outro relatório que comprova essa tendência é do Secovi Rio (Sindicato da Habitação). Dados apurados pelo Centro de Pesquisa e Análise da Informação do sindicato (Cepai) apontam que, no mês de julho de 2021, houve aumento de 26% no número de negociações residenciais, na comparação com o mesmo período de 2020. O estudo indica ainda bom desempenho entre janeiro a julho deste ano, com crescimento de 64,4% nas transações residenciais, em relação ao ano passado.
No ranking dos 15 bairros que apresentaram mais transações residenciais no período, o destaque ficou para a Zona Oeste, com a Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá entre os principais locais mais buscados. Copacabana e Tijuca também estão entre os cinco bairros mais procurados. As informações foram apuradas com a Prefeitura do Rio, de acordo com as guias de ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis) pagas na cidade