O menino Yuri Juan Francisco Gonçalves, de 13 anos, que estava desaparecido desde que saiu de casa para empinar pipa, no último dia 16, foi achado morto com sinais de asfixia e violência sexual, na tarde desta segunda-feira, 22, na zona rural de Itapevi, cidade da Grande São Paulo.
Ao lado do corpo, os bombeiros encontraram o documento do comerciante Luís Carlos da Silva, de 29, que está preso, suspeito de ter assassinado o garoto. Silva era amigo da família, vizinho da vítima e já havia morado de favor na casa de uma tia de Yuri.
O menino, que morava com a família no Jardim da Rainha, saiu para empinar pipa e foi visto pela última vez próximo da Estação Itapevi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Segundo a mãe, Iara Gisele, ele costumava sair com os amigos para soltar pipa em uma praça, perto da casa. Os colegas disseram que, em algum momento, ele se separou do grupo. Como não voltou para casa, a família procurou a polícia e as buscas foram iniciadas.
O corpo foi encontrado em um local com matas, na Estrada dos Pitas, a cerca de três quilômetros da casa da família. O garoto estava com um saco na cabeça. Um tio da criança identificou Yuri, porém, por causa do estado do corpo, a Polícia Civil requisitou exames das digitais.
Conforme o delegado Aloysio Mendonça Neto, havia sinais de que o garoto sofreu abuso sexual antes de ser asfixiado, o que ainda precisa ser confirmado pela perícia.
Com a localização do documento ao lado do corpo, o suspeito começou a ser procurado. Silva se apresentou à polícia em Registro, no Vale do Ribeira. Ele teve a prisão temporária decretada e seria transferido ainda nesta terça-feira, 23, para Itapevi.
Conforme o delegado, o suspeito já tinha antecedentes por crimes de conotação sexual envolvendo crianças. Ele teria abusado sexualmente de um irmão e de uma irmã, menores de idade. O policial acredita que Silva tenha matado o garoto com medo de ser denunciado pelo abuso.
O corpo de Yuri foi sepultado na manhã desta terça, no Cemitério Municipal de Itapevi.